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Apresentação/Introdução
No Brasil foram registrados mais de 190 mil casos de HIV/aids nos últimos 10 anos. O diagnóstico precoce possibilita tratamento adequado com os antirretrovirais, disponibilizados pelo SUS, evitando que pessoas que vivem com HIV desenvolvam a forma mais grave da doença e necessitem de internação. Assim, para melhor planejamento é fundamental conhecer as tendências das internações no Brasil.
Objetivos
Analisar as tendências de internações por HIV/aids no Brasil e suas regiões no período entre 1998 e 2015.
Metodologia
Estudo ecológico de séries temporais das taxas padronizadas de internação por HIV/aids, com dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/DATASUS). As unidades de análise foram o Brasil e suas grandes regiões de 1998 a 2015. As taxas de internação foram padronizadas pelo método direto e a população padrão foi a do Brasil em 2010. Para a análise de tendência foi aplicado o modelo de análise linear generalizada de Prais-Winsten para estimação das taxas de variação anual e intervalos de confiança. As variáveis independentes foram os anos e as dependentes foram as taxas. O nível de significância foi de 5% e o processamento e análise de dados foram realizados no R Studio versão 3.4.3.
Resultados
A tendência de internações por HIV/aids no Brasil foi decrescente no período entre 1998 e 2015, com uma taxa de variação anual de -1,6% (IC95% -2,29; -1,10).Na região Norte a tendência foi crescente, observando-se taxa de variação anual de 4,3% (IC95% 1,82; 6,74). A região Nordeste também evidenciou tendência crescente e taxa de variação anual de 2,6% (IC95% 1,14; 4.01). A região Sul obteve uma tendência estacionária com taxa de variação de -1,1% (IC95% -2,79; 0,66). O Centro-Oeste também mostrou tendência estacionária com taxa de variação de anual de 1,5% (IC95% -0,17; 3,28). Na região Sudeste a tendência para o período foi decrescente, sendo a taxa de variação de -5% (IC95% -5,83; -4,17).
Conclusões/Considerações
As tendências de internações por HIV/aids apresentam diferenças inter-regionais, evidenciando necessária reflexão sobre ocorrência do evento mesmo com disponibilização dos antirretrovirais. Os motivos das internações podem estar atrelados à ocorrência de doenças oportunistas, à resistência ou a efeitos colaterais dos medicamentos. O estudo regionalizado das internações por aids pode subsidiar políticas de prevenção e cuidado ao HIV/aids no SUS.
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