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Apresentação/Introdução
A prevalência de obesidade em adolescentes está aumentando no Brasil. Geralmente, as escolas são o foco central das intervenções que visam a prevenção da obesidade. No entanto, cinco metanálises ainda não forneceram evidências claras de que estratégias somente nas escolas reduzem a prevalência de obesidade.
Objetivos
Avaliar a variação do índice de massa corporal (IMC) e percentual de gordura corporal (%GC) em escolares após intervenções primárias e secundárias para reduzir o ganho excessivo de peso, segundo a aderência ao protocolo.
Metodologia
Estudo de intervenção denominado PAAPPAS (Pais, Alunos, Agentes de Saúde e Professores pela Alimentação Saudável) realizado EM 2016 com 2474 alunos do 5° e 6° anos de 18 escolas (9 controle e 9 intervenção) de Duque de Caxias-RJ. As intervenções (n=8) foram realizadas pelos professores através de ações de educação nutricional visando alterações de comportamento. Os participantes com excesso de peso eram acompanhados por agentes de saúde em visitas domiciliares. A massa corporal (MC) e o %GC foram medidos pela balança de bioimpedância. Utilizou-se o modelo de efeitos mistos - PROC MIXED, usando o SAS 9.4.
Resultados
Na linha de base, no grupo controle, a média de índice de massa corporal (IMC) foi 19,1(4,0) kg/m² e o %GC foi 22,8(7,2) e no grupo intervenção, a média de IMC foi igual a 19,2(4,0) kg/m² e o %GC foi igual a 23,1(7,1). Na análise por intenção de tratamento não houve redução do IMC ou %GC, mas ao comparar o grupo controle com o subgrupo que participou de 4 ou mais de um total de 8 intervenções em classe, a diferença de IMC foi -0,11 (p=0,12) e de %GC foi -0,42 (p=0,02) no grupo experimental comparado ao controle. Comparando somente os 85 alunos que receberam orientações domiciliares, a diferença do IMC em relação ao grupo controle foi -0,11 (p=0,44) e para o %GC foi de -0,98 (p=0,01).
Conclusões/Considerações
Não houve diferença significativa entre os grupos para o IMC, mas houve redução do %GC entre aqueles que participaram de 4 ou mais sessões de intervenção e dentre os participantes da prevenção secundária quando comparados ao grupo controle. Esse indicador pode ser mais sensível em estudos de intervenção. A baixa aderência ao protocolo pode explicar os resultados negativos observados em muitos estudos de prevenção da obesidade em escolares.
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