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Apresentação/Introdução
A violência contra mulher atualmente atinge todos os setores da sociedade, sendo um grave problema de saúde pública. Está presente em todas as classes sociais, expressando a desigualdade nas relações de gênero existentes atualmente. É necessário ter um olhar interdisciplinar e intersetorial para enfrentamento e prevenção.
Objetivos
Verificar a prevalência dos três tipos de violência (física, psicológica e sexual) ao longo da vida segundo as características gineco-obstétricas.
Metodologia
Estudo transversal, realizado no ano de 2014 em 26 unidades de saúde de Vitória, no Espírito Santo. Participaram do estudo as usuárias de 20 a 59 anos, que possuíam parceiro íntimo nos 12 meses anteriores à data da entrevista. A coleta de dados ocorreu de março a setembro de 2014. A amostra foi constituída de 991 mulheres. Os dados estatísticos foram analisados pelo pacote estatístico Stata 13.0. As análises estatísticas utilizadas foram teste qui-quadrado e exato de Fischer, conforme pressuposto, com nível de significância de 5%. Tais análises foram conduzidas por meio de regressão de Poisson. Utilizou-se razão de prevalência como medida de efeito.
Resultados
Após análise multivariada, os três tipos de violência (física, psicológica e sexual) mantiveram-se associadas positivamente com escolaridade, renda familiar, idade da coitarca, uso de preservativo na primeira relação sexual, número de parceiros sexuais no último ano, aborto, número de filhos, episódios de DST/IST e dispareunia. A primeira relação sexual forçada permaneceu associada à violência física e sexual. A violência física e psicológica manteve associada à situação conjugal.
Conclusões/Considerações
Os resultados mostram os três tipos de violência como um fenômeno de alta prevalência ao longo da vida das mulheres. Fatores gineco-obstétricos influenciam a ocorrência do fenômeno. Os achados reiteram estudos que apresentam a perpetuação da violência física, psicológica e sexual ao longa da vida das mulheres.
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