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Apresentação/Introdução
As redes de saúde constituem-se em componentes da atenção primária, secundária e terciária, onde deve se garantir que o usuário do Sistema Único de Saúde (SUS) consiga ser acolhido e assistido de forma integral. Dentro da lógica das redes, é importante a presença de protocolos de encaminhamento para uma melhor definição do caminho para os outros níveis de atenção.
Objetivos
O objetivo do estudo é avaliar a oferta da especialidade de estomatologia e a presença de protocolos de encaminhamento para os outros níveis de atenção, identificando possíveis problemas nas redes de saúde no Estado do Pará.
Metodologia
Este é um estudo descritivo transversal, utilizando-se de dados de origem secundária gerados na avaliação externa do PMAQ-AB – Segundo Ciclo. Os dados foram coletados de todo o Brasil, e foram selecionados somente equipes em que os dentistas participaram da avaliação externa do PMAQ no Estado do Pará, sendo avaliadas as respostas do Módulo VI. Os questionários avaliados (N= 391) referem-se à oferta de estomatologia na rede de saúde a qual o dentista pertence, e a presença de protocolos de encaminhamento na devida especialidade. Os dados foram então tabulados e submetidos à análise descritiva (software IBM-SPSS) para obtenção das frequências absolutas e relativas das variáveis.
Resultados
No Estado do Pará, 59,1% dos cirurgiões-dentistas respondentes responderam que há oferta disponível para consultas especializadas em geral dentro da rede. Porém, dentre esses respondentes, apenas 34,6% possuem a especialidade de estomatologia disponível para os encaminhamentos, um baixo valor comparado às especialidades de cirurgia oral (82,3%) e endodontia (81,8%). Quanto à presença de protocolos, 59% dos dentistas no Pará trabalham com protocolos na Atenção Básica, porém o protocolo de encaminhamento de estomatologia existe em apenas 24,7% dos que responderam positivamente, de outras especialidades como cirurgia oral (57,1%) e endodontia (58,4%).
Conclusões/Considerações
A oferta de especialidades é essencial para possibilitar o atendimento integral do paciente. Há uma baixa presença de estomatologia nas redes de saúde paraenses, comprometendo a resolubilidade de casos complexos, o que afeta o princípio da integralidade. Isso também se reflete na baixa presença de protocolos, o que pode refletir em um problema de redirecionamento dos pacientes, por não levar em questão as prioridades de cada caso específico.
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