O ESTADO NUTRICIONAL PRÉ-GESTACIONAL E O GANHO DE PESO DURANTE A GESTAÇÃO DAS PUÉRPERAS DE UM ESTUDO NACIONAL DE BASE HOSPITALAR

Vol 1, 2018 - 100924
Comunicação Oral Curta
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Resumo

Apresentação/Introdução
O acompanhamento das medidas antropométricas durante a gravidez refletem tanto o estado nutricional da mulher, quanto o da criança. Os estudos apontam para as consequências na saúde da mulher, ao iniciar a gestação com o excesso de peso e ter um ganho de peso gestacional (GPG) excessivo como por exemplo: o desenvolvimento de diabetes gestacional, pré-eclâmpsia, eclampsia e dificuldades durante


Objetivos
Descrever a prevalência de sobrepeso e obesidade pré-gestacional e o ganho de peso inadequado em gestantes adultas.


Metodologia
Metodologia: Trata-se de estudo transversal, integrante do Estudo Nascer no Brasil. Os dados foram coletados por questionário face a face, e as informações de peso e estatura foram adquiridos pelo cartão de gestantes que foi fotografado e/ou referidos pela mulher. O recurso de imputação múltipla foi adotado para o IMC pré-gestacional, nos casos que não havia a informação de peso ou estatura, necessárias para avaliação do estado nutricional e adequação do ganho peso, segundo o Institute of Medice IOM. Foi realizada análise para amostras complexas para inclusão de efeito de desenho, com aplicação do teste qui-quadrado (0,05) para avaliação das diferenças entre proporções.


Resultados
Resultados: Do total de 19.008 mulheres, 43,9% eram da região Sudeste, seguido de 28,1% do Nordeste, a média de idade foi de 27,6 anos (dp= 5,48), 56,1% eram pardas, 44,0% tinham ensino médio completo, 62,6% tiveram 7 ou mais consultas de pré-natal, 24,8% iniciaram a gestação com sobrepeso e 10,4% com obesidade. A média de ganho de peso segundo o IMC de mulheres com sobrepeso foi de 13,36kg (dp=6,34) e para mulheres obesas 9,87kg (dp=6,95). A avaliação do GPG, segundo IMC pelo IOM, mostrou que 25,4% das mulheres ganharam peso insuficiente e 41,3% tiveram ganho excessivo. Entre as mulheres que tiveram GPG excessivo, 35,9% tinham sobrepeso e 12,8% obesidade.


Conclusões/Considerações
Os resultados encontrados reforçam a preocupação com o excesso de peso entre as mulheres, visto que justamente elas têm uma maior tendência a ultrapassar a recomendação de GPG, chamando a atenção ao fato de utilizarmos pontos de corte do IOM e se este é o mais adequado para as mulheres brasileiras, que diferem em muitos aspectos socioeconômicos, saúde e corporais da população americana, para a qual fizeram a proposta.

Instituições
  • 1 FIOCRUZ
  • 2 INJC/URFJ
  • 3 ENSP/FIOCRUZ
  • 4 UFRJ
  • 5 ENSP
Eixo Temático
  • Alimentação e Nutrição em Saúde Coletiva