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Apresentação/Introdução
O trabalho docente tem se destacado como uma ocupação altamente estressante, com repercussões na saúde mental, física e piora do desempenho profissional. No entanto, os achados têm tido interpretações essencialistas, naturalizando as diferenças entre homens e mulheres a esse nível. Estudos evidenciam maior ocorrência dos transtornos mentais comuns entre as mulheres e essa discrepância permanece na categoria docente.
Objetivos
Avaliar aspectos da relação entre trabalho docente e transtornos mentais comuns (TMC) na perspectiva de gênero identificando possíveis diferenças/desigualdades entre homens e mulheres docentes do ensino superior do ELSA-Brasil.
Metodologia
Estudo transversal com 2395 docentes do ensino superior(1377 homens e 1018 mulheres) que participaram da linha de base do ELSA-Brasil - estudo de coorte multicêntrico realizado em seis cidades brasileiras. Os TMC foram avaliados através do Clinical Interview Schedule-Revised (CIS-R) e foram consideradas portadoras do transtorno aqueles/as docentes com escore de 12 ou mais pontos.Foram realizadas análises bivariadas e, na análise multivariada, foi empregado o teste do Qui-Quadrado de Person para seleção das variáveis. Foi utilizado o procedimento backward, adotando o critério de significância de p
Resultados
Os TMC foram mais prevalentes entre as mulheres (26,1% vs 13,4%).Os aspectos psicossociais do trabalho foram significantes apenas entre as mulheres: trabalho ativo (RP:1,46; IC:1,02-2,09), trabalho passivo (RP:1,85; IC:1,11-3,11), alta exigência (RP:2,60; IC:1,584,27). Contudo, tanto para homens quanto para mulheres, se mantiveram associados itens do Conflito Trabalho-Família (CTF); falta de tempo para cuidar de si e lazer e vivenciar eventos estressores no último ano (mulheres: morte na família, dificuldades financeiras e rompimentos amorosos) e homens (ter vivenciado assalto no último ano, dificuldades financeiras e rompimentos amorosos).
Conclusões/Considerações
Os resultados comprovam níveis mais elevados de adoecimento mental entre as mulheres e demanda psicológica e controle sobre o trabalho tiveram destaque. O CTF e eventos estressores de vida foram determinantes para ambos. Assim, investir em discussões que conectem trabalho docente e saúde sob a luz de gênero e políticas públicas efetivas que auxiliem nas responsabilidades familiares, principalmente das mulheres, é movimento fundamental e urgente.
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