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Apresentação/Introdução
A discriminação racial tem sido apontada em estudos teóricos como um importante mecanismo para explicar a maior incidência e o pior prognóstico da doença renal crônica entre indivíduos de raça/cor preta. Entretanto, apenas um estudo prévio avaliou empiricamente essa hipótese e ele foi conduzido no EUA, país que tem um histórico social e legal em torno da raça/cor diferente do observado no Brasil.
Objetivos
Investigar o efeito combinado da raça/cor e discriminação racial na função renal em adultos do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasi)
Metodologia
Análise transversal com uso de dados da linha de base (2008-2010) de 12.821 adultos participantes do ELSA-Brasil (35 e 64 anos). A variável resposta foi a função renal estimada pela taxa de filtração glomerular (TGF) obtida pela CKDEpi e utilizada de forma contínua e categórica (normal: ≥90 mL/min/1.73 m2, discretamente diminuída: 60-89 mL/min/1.73 m2, diminuída:
Resultados
A discriminação racial foi reportada por 33% dos pretos e 6,3% dos pardos. Após os ajustes, verificamos que pretos que não reportaram discriminação racial apresentaram uma diminuição de 1.40 mL/min/1.73 m2 na média da TGF (IC95%:-2.19,-0.60) comparado aos brancos. Entretanto, essa diminuição foi mais de 2 vezes maior entre os pretos que declararam discriminação racial (β=-3.33,IC95%:-4.37,-2.29). Comparados aos brancos, pretos que não reportaram e os que reportaram discriminação racial apresentaram chances 62% (OR=1.62,IC95%:1.15-2.29) e 101% (OR=2.01,IC95%:1.27-3.18) maiores de apresentarem TGF
Conclusões/Considerações
Nosso achados suportam a hipótese de que a disparidade racial na função renal não é apenas um reflexo da desigualdade social, já que essa disparidade parece também refletir a racismo presente na sociedade. Assim, estratégias para enfrentar as iniquidades raciais na DRC devem contemplar ações que combatam a desigualdade racial e as desvantagens de oportunidades observadas entre indivíduos pretos
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