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Apresentação/Introdução
A violência doméstica tornou-se um problema mundial de saúde pública, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em que abusos e maus tratos estão mais frequentes nas interações familiares. A agressão intrafamiliar é um tipo de violência doméstica e refere-se à privação, negligência, atos agressivos de dominação física, psíquica ou sexual praticados por um membro da família contra o outro.
Objetivos
O estudo objetiva explorar os fatores associados à agressão física de familiares contra a população de escolares brasileiros, segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde dos Escolares (PeNSE) em 2015.
Metodologia
Trata-se de análise de dados da amostra de escolares do 9º ano do Ensino Fundamental da Pesquisa Nacional de Saúde dos Escolares (PeNSE), realizada em 2015 nas diversas regiões brasileiras. Investigou-se a agressão física praticada pelos familiares contra os escolares segundo as condições sociodemográficas, contexto familiar, saúde mental, comportamentos e hábitos de vida. Foram calculadas as medidas de prevalência e Odds Ratios (ORs) não ajustados e ajustados para as variáveis que se apresentaram associadas ao nível de p
Resultados
A agressão intrafamiliar foi referida por 14,5% (IC95% 14,3-14,7) dos estudantes brasileiros. As variáveis associadas à agressão intrafamiliar pelo modelo mutivariado para os fatores sociodemográficos foram: ser do sexo feminino, raça cor preta, amarela, parda, mães sem escolaridade, adolescentes que trabalham. No contexto familiar manteram associadas, a falta de compreensão dos pais e a sua intromissão na privacidade dos adolescentes e faltar às aulas. Dentre os fatores comportamentais: tabagismo, álcool, experiência com drogas, relação sexual precoce, e na saúde mental: insônia, solidão e sofrer bullying na escola tiveram associação com a agressão intrafamiliar contra o adolescente.
Conclusões/Considerações
Há uma associação entre violência e gênero, com maior vitimização das meninas e também entre os adolescentes mais jovens (13 anos). Contextos sociais desfavoráveis, fatores relacionais intrafamiliares e escolares aumentaram a violência, assim como sofrer agressão aumentou a chance do consumo de drogas e sofrimentos mentais. Recomenda-se adotar intervenções que promovam o protagonismo juvenil, com repercussões positivas na prevenção da violência.
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