EXPECTATIVA DE VIDA SAUDÁVEL SEGUNDO NÍVEL EDUCACIONAL, ESTADO DO RIO DE JANEIRO, 2013

Vol 1, 2018 - 102370
Comunicação Oral Curta
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Resumo

Apresentação/Introdução
A educação tem sido apontada como um dos mais importantes determinantes de saúde. Indicador objetivo e de fácil mensuração, o nível educacional é muito utilizado em pesquisas nacionais. Apesar dessa importância, há escassez de estudos no Brasil sobre o impacto da educação na mortalidade, devido principalmente ao baixo preenchimento da informação e o nível de subnotificação do óbito.


Objetivos
O objetivo do presente estudo é avaliar o impacto da educação sobre a saúde da população do estado do Rio de Janeiro e regiões medida pela expectativa de vida saudável, indicador que combina simultaneamente informações de mortalidade e morbidade.


Metodologia
A expectativa de vida saudável foi estimada utilizando o método de Sullivan, uma adaptação da tábua de vida, onde o tempo vivido a partir de uma idade é ponderado pela proporção de pessoas em estado bom de saúde. O número de óbitos do Rio de Janeiro foi extraído do Sistema de Informações sobre Mortalidade para o período 2012-14. Os dados faltantes foram distribuídos proporcionalmente. Dados dos Censos de 2000 e 2010 foram utilizados para projetar a população segundo nível educacional. Por fim a proporção de pessoas em estado de saúde bom foi estimada por meio de modelo logístico em função do sexo, idade, educação e região, com base em informações da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013.



Resultados
Maiores expectativas de vida entre as mulheres foram observadas em todos os segmentos populacionais. Os resultados não delinearam um padrão regional nítido. Destaca-se as maiores expectativas de vida entre homens residentes do interior do estado. As expectativas de vida de homens e mulheres de 25 anos e pelo menos 8 anos de escolaridade foram pelo menos 13 e 14 anos maiores do que a de seus pares com até 7 anos de estudo. Os diferenciais de expectativa de viva mostraram padrão regional, com maiores valores na capital. A expectativa de vida saudável entre os homens e mulheres de 25 anos com alta escolaridade foi pelo menos 70% maior do que entre aqueles com baixa escolaridade.


Conclusões/Considerações
Este estudo representa um avanço nesse tipo de análise devido ao fato de escassez de análises sobre expectativa de vida segundo indicadores socioeconômicos. Os resultados corroboram o de alguns estudos realizados na Suécia e Estados Unidos. Contudo, vale ressaltar que os diferenciais do presente estudo foram muito maiores, possivelmente devido ao elevado índice de desigualdade de renda no estado do Rio de Janeiro e suas regiões.

Instituições
  • 1 INI/FIOCRUZ
  • 2 ENSP - Fiocruz
  • 3 ENSP/Fiocruz
  • 4 Ebape/FGV
Eixo Temático
  • Determinação Social, Desigualdades e Promoção da Saúde