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Período de Realização
Desde 2014 buscamos a construção de saberes populares, cogestivos e autonomizantes.
Objeto da Experiência
Extensionistas da Univ. Federal Fluminense (UFF), trabalhadores da Companhia de Limpeza Urbana de Niterói (CLIN) e moradores das periferias de Niterói
Objetivos
Construir, a partir da Saúde da Família e da Educação Popular em Saúde, processos de diálogo, vivência e reflexão crítica, visando a transformação social. Busca-se fortalecer o conhecimento popular focalizando o potencial terapêutico de plantas medicinais e a atenção integral à saúde do trabalhador.
Metodologia
As rodas de conversa favorecem a troca de saber entre extensionistas e o público-alvo, sendo o vínculo aprofundado pelo contato contínuo através das redes sociais, possibilitando fluxos de afetos e escuta ativa. Nestes espaços de reflexão, o reconhecimento das funções medicinais de plantas típicas do território é a ferramenta mediadora para educação popular e promoção de saúde, estabelecendo um clima de valorização e diálogo sobre os recursos e práticas autônomas e populares locais.
Resultados
O projeto surgiu a partir da parceria entre a Liga Multiprofissional de Saúde da Família da UFF e o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto. Desde então, se expandiu para atender moradores de periferias urbanas da região metropolitana do Rio de Janeiro e trabalhadores da CLIN. Concomitantemente, o diálogo com a universidade colaborou para a articulação em rede, contribuindo para a formação de profissionais dotados de habilidades necessárias para a defesa e consolidação do Sistema Único de Saúde.
Análise Crítica
Os debates gerados nas “oficinas de plantas” atingem outras reflexões críticas acerca dos processos de saúde e doença, resultando na mobilização pelo direito à saúde e na atuação terapêutica, pela escuta qualificada e práticas manuais e recreativas, fortalecendo uma rede de apoio e reciprocidade. Ademais, priorizam-se conhecimentos formados a partir da atuação multiprofissional, das tecnologias “leve-duras” do fazer clínico e do conhecimento popular em detrimento da formação médica tradicional.
Conclusões e/ou Recomendações
A experiência concreta da Extensão Universitária configura-se como um momento privilegiado de vivência e apropriação dos princípios da Atenção Primária à Saúde, viabilizando a relação transformadora entre Universidade e Sociedade. Por isso ao se articular com o cotidiano das classes trabalhadoras e populares, estabelece-se uma nova perspectiva de promoção da saúde, cuidado autônomo e solidário, para além do saber científico.
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