DISTRIBUIÇÃO REGIONAL DA PREVALÊNCIA DE SÍFILIS ENTRE JOVENS CONSCRITOS DAS FORÇAS ARMADAS, BRASIL 2016.

Vol 1, 2018 - 101891
Oral
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Resumo

Apresentação/Introdução
A sífilis adquirida foi incluída na lista nacional de notificação compulsória a partir de 2010. Em 2016, a taxa de detecção foi de 42,5 casos por 100 mil habitantes, com incremento na incidência de 26,8% em relação ao ano de 2015. Nos últimos anos, o Brasil vem apresentando aumento de casos nas cinco macrorregiões geográficas, especialmente em jovens na faixa etária de 13 a 29 anos.


Objetivos
Identificar a prevalência de sífilis no Brasil e nas macrorregiões geográficas, entre conscritos de 17 a 22 anos de idade, do sexo masculino, recrutados pelas Forças Armadas do Brasil em 2016.


Metodologia
Trata-se de estudo descritivo com abordagem quantitativa, desenvolvida com base em dados secundários de 2016, proveniente de pesquisa nacional. Os participantes responderam questionários nas cinco regiões do país, sendo estimada a prevalência de sífilis a partir da realização de testes laboratoriais (treponêmicos e não treponêmicos). Utilizou-se amostragem probabilística, sendo ponderado o banco de dados para ter representatividade nacional. Os resultados foram distribuídos em frequência com intervalo de confiança de 95%.


Resultados
Dentre os 37.282 conscritos de 17 a 22 anos de idade avaliados em todas as regiões brasileiras, 7,6% eram do Centro-Oeste, 29,4% do Nordeste, 9,9% do Norte, 39,2% do Sudeste e 13,9% do Sul. A prevalência de sífilis nessa população foi de 1,1% (IC 95%: 0,9-1,4) para o total no país, 0,7% (IC95%:0,4-1,2) no Centro-Oeste, 1,0% (IC 95%: 0,5-1,8) no Nordeste, 1,28% (IC95%: 0,8-2,2) no Norte, 1,1% (IC95%: 0,7-1,6) no Sudeste, e 1,5% (IC95%: 1,0-2,1) no Sul.


Conclusões/Considerações
Embora tenham sido observadas pequenas diferenças na prevalência de sífilis entre as regiões brasileiras frente à prevalência nacional, do ponto de vista programático, é fundamental fortalecer continuamente o acesso a ações e serviços de saúde para controle desse agravo. Ainda sugere-se ampliar o processo de análise dos dados dessa pesquisa para construção de estratégias efetivas de intervenção em todo o país.

Instituições
  • 1 Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), do HIV/Aids e das Hepatites Virais do MS
  • 2 Ministério da Saúde
  • 3 Secretaria de Vigilância - Ministério da Saúde
  • 4 Universidade de Brasília
  • 5 UNB
Eixo Temático
  • Doenças Transmissíveis