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Período de Realização
De 17.11.2015 a 06.11.2016; Chegada do rejeito ao ES rumo a foz do Rio Doce até um ano do desastre.
Objeto da Experiência
A maior tragédia ambiental da história do país e a violação dos direitos humanos pós desastre; casos de exclusão, abandono social e de transformações.
Objetivos
Apresentar os principais problemas e desafios referentes ao desastre provocado pelo rompimento da barragem de rejeito de minério de ferro da Samarco ocorrido em 05.11.2015. Estruturar um paralelo entre o Desastre de Mariana, MG e a violação da Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos.
Metodologia
Estudo avaliativo de Terceira Geração, do tipo exploratório descritivo com abordagem qualitativa e documental com analise de matérias do jornal capixaba “A Gazeta” referente ao desastre de Mariana, MG, veiculadas entre 06.11.2015 a 05.11.2016; registro fotográfico in loco, pesquisa em fontes secundárias de arquivos públicos e sites oficiais relacionadas a acidentes ambientais, Bioética, Saúde coletiva (relação entre meio ambiente e saúde) e Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos.
Resultados
O desastre acabou com os laços culturais e de subsistência com o rio Doce; um desrespeito à dignidade humana, aos direitos humanos e as liberdades fundamentais, além dos danos morais e materiais, a população ficou refém de promessas, com relatos desoladores, subjugada por uma riqueza apenas imaginável, não tangível. O desastre socioambiental provocado pelo rompimento da barragem impactou a saúde de milhares de pessoas ao longo de toda a bacia do Rio Doce com efeitos a curto, médio e longo prazo
Análise Crítica
Tragédias como as ocorridas nas barragens de rejeitos são anunciadas, Mariana não é um caso isolado, foi o maior desastre provocado pelo homem no setor de mineração em nosso país, compõe uma ocorrência cíclica, populações atingidas acabam expulsas de suas terras em prol ao modelo da megamineração. A pobreza destas regiões e sua dependência da Industria de Extração Mineral se retroalimentam e asseguram a sobrevivência de ambas, vindo à tona a situação de vulnerabilidade a que estão submetidas
Conclusões e/ou Recomendações
Bento Rodrigues e mais 38 cidades e suas populações perderam parte da sua identidade diante de uma situação recorrente, impactos irreversíveis e total ausência de planejamentos de políticas de saúde em relação a catástrofes ambientais. Falta uma interface com a saúde das comunidades do entorno objetivando o respeito à dignidade e direitos humanos, aos valores fundamentais da ética e aos compromissos da igualdade de direitos, liberdade e justiça
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