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Resumo

Apresentação/Introdução
Segundo a OMS, Cuidado Paliativo Pediátrico (CPP) é um cuidado ativo e total prestado à criança quando uma condição limitadora ou ameaçadora da vida é diagnosticada, envolvendo seu corpo, mente e espírito, e suporte à sua família. Entretanto existem dificuldades para aceitar os CPP devido a constrangimentos emocionais e culturais relacionados com a morte de crianças.


Objetivos
Compreender o processo de tomada de decisões em relação aos cuidados paliativos por profissionais que trabalham na pediatria.


Metodologia
Estudo qualitativo, exploratório. A coleta de dados foi realizada no setor de pediatria de um hospital universitário, no período de dezembro de 2016 a junho de 2017, onde estão sendo implantados os CPP, tendo como participantes 30 profissionais envolvendo médicos, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas e fonoaudiólogos, implicados no tratamento de crianças com indicação de cuidados paliativos. A coleta se deu por meio de entrevistas semiestruturadas. Foi realizada análise de conteúdo na modalidade temática.


Resultados
As falas evidenciaram, predominantemente, dificuldades na implantação dos CPP produzindo desencontros como: compreensão equivocada de Cuidado Paliativo (CP); dificuldades para aceitação da morte na infância; ideias de obstinação terapêutica; receio de implicações jurídicas; dificuldades de diálogo entre membros da equipe e com a família; conflitos espirituais. Embora menos frequentes, foram relatadas experiências positivas que possibilitavam encontros: reconhecimento da importância dos CPP para casos com prognóstico reservado; busca pela compreensão dos CPP; preocupação com o sofrimento da criança e família; sensação de apoio com a presença da equipe de CP.


Conclusões/Considerações
A ideia de terminalidade associada aos CPP levou a dificuldades no reconhecimento de necessidades paliativas das crianças. Desta forma, foram encontrados entraves para tomada de decisões e consequente atraso ou ausência deste tipo de cuidado no hospital. É necessário investir em estratégias para desenvolver uma intenção paliativa entre os profissionais que prestam assistência em pediatria, para que se possa incentivar a ortotanásia e evitar a distanásia.

Instituições
  • 1 UFMA
Eixo Temático
  • Agravos e Doenças Crônicas