ASSOCIAÇÃO DE FLUOXETINA COM OUTROS MEDICAMENTOS PSICOTRÓPICOS EM UMA UBS DO SUL DO PAÍS

Vol 1, 2018 - 100869
Comunicação Oral Curta
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Resumo

Apresentação/Introdução
A fluoxetina é um fármaco de escolha para o tratamento de transtornos depressivos, obsessivo-compulsivo, de ansiedade e bulimia nervosa, porém o seu uso abusivo tem sido motivo de preocupação. Considerando que a fluoxetina é o antidepressivo mais prescrito no Brasil e no mundo, é relevante evidenciar as características de sua prescrição.


Objetivos
Esta pesquisa tem como objetivo analisar as prescrições contendo fluoxetina e sua associação a demais psicotrópicos em uma farmácia do SUS de Santa Maria/Rio Grande do Sul.


Metodologia
O trabalho seguiu o modelo de estudo transversal descritivo exploratório do perfil prescrições de fluoxetina na farmácia do SUS da região leste de Santa Maria-RS. A coleta de dados foi realizada a partir do Software Consulfarma®. Foram obtidos dados das prescrições de fluoxetina do período de setembro a novembro de 2016, sendo analisados o sexo e a idade do paciente, bem como outros medicamentos psicotrópicos dispensados para o mesmo paciente. Os dados coletados foram processados através do programa Microsoft for Excel® 10 e os resultados foram expressos em frequência absoluta e relativa.


Resultados
Durante o período de estudo, foram analisadas 124 prescrições com dispensação de fluoxetina, das quais, 95 foram para o sexo feminino (77%) e 42% destinaram-se a indivíduos de 46 a 60 anos de idade. Verificou-se a prática de associações em 85 prescrições, utilizando de 2 a 6 fármacos diferentes, os quais correspondem a 44,71% e 1,18% do total de associações, respectivamente. Dentre as associações, a que mais se destacou foi a combinação da fluoxetina com outro antidepressivo (amitriptilina) e com antiepilético (clonazepam) aparecendo em 34 prescrições (40%). A segunda associação mais prevalente foi a da fluoxetina com clonazepan (27,06%), seguida da associação com diazepan (7,06%).


Conclusões/Considerações
Evidencia-se que a associação de fluoxetina com outros fármacos é uma prática comum. O longo período para a efetividade desta, manejo de transtornos resistentes e comorbidades psiquiátricas são fatores que levam médicos a prescindirem da monoterapia. O levantamento de mais dados possibilitará a adequação das prescrições às necessidades clínicas da população e traçar possíveis inferências acerca da saúde mental e do uso racional de medicamentos.

Instituições
  • 1 UFSM
Eixo Temático
  • Medicamentos e Assistência Farmacêutica