APRAZAMENTO DAS VISITAS DOMICILIARES DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE A PARTIR DO OLHAR DA EQUIDADE

Vol 1, 2018 - 100665
Comunicação Oral Curta
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Resumo

Apresentação/Introdução
A Estratégia de Saúde da Família é a principal proposta de modelo de Atenção Básica no Brasil. Ocupa a posição de coordenadora do cuidado no sistema de saúde. Sua estruturação possibilita maior efetividade e equidade dos serviços. Este estudo foi realizado em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) do município de São Paulo com o número de famílias maior do que o preconizado pelos documentos oficiais.


Objetivos
Propor critérios para priorizar a realização das visitas domiciliares (VD) dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) a partir da identificação da vulnerabilidade familiar.


Metodologia
Trata-se de um estudo de caso, em que os dados foram coletados do Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB) para aplicação da Escala de Risco Familiar de Coelho-Savassi. Posteriormente, foram tabulados no Programa do Software Microsoft Excel® e analisados após a criação de um escore, que sistematizou a dimensão quantitativa e qualitativa das necessidades desta população. A partir do referencial teórico da equidade, foi sugerido um aprazamento das visitas domiciliares dos ACS considerando as vulnerabilidades familiares apresentados e posteriormente, foi produzida uma ferramenta para o planejamento das VD. Neste estudo, o termo “risco” da Escala foi interpretado como vulnerabilidade.


Resultados
São atendidas por esta UBS 2611 famílias, 9265 pessoas, 97,5% delas dependentes exclusivamente do SUS. A totalidade das famílias foi avaliada sendo que, 1350 (52%) apresentaram risco familiar habitual (R0), 599 (23%) foram classificadas com risco baixo (R1), 341 (13%) risco médio (R2) e 321 (12%) risco alto (R3). Foi evidenciada a heterogeneidade entre as equipes da UBS, assim como entre as microáreas. Partindo das singularidades, foram propostos cinco clusters de microáreas para diferentes aprazamentos de visita. Os cronogramas tiveram o tempo fixado em trinta minutos por VD, não ultrapassando a 101 horas mensais para esta atividade, e visitas quinzenais para as famílias em R3.


Conclusões/Considerações
Para um atendimento que respeite o princípio do SUS da equidade, é necessário identificar as condições de vulnerabilidade das famílias para o enfermeiro planejar em conjunto com o ACS as visitas domiciliares, de forma a atender as necessidades de saúde da população considerando as várias dimensões individuais e coletivas do processo saúde-doença.

Instituições
  • 1 Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo - EEUSP
Eixo Temático
  • Organização da Atenção da Saúde: Modelos, Redes e Regionalização da Saúde