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Resumo

Apresentação/Introdução
A febre de chikungunya (CHIK) produz uma síndrome febril de início súbito e debilitante que, embora tenha uma taxa de letalidade muito baixa, tem uma elevada taxa de morbidade associada à artralgia persistente, tendo como consequência a redução da produtividade e da qualidade de vida. O agente etiológico é um arbovírus transmitido por artrópodes, Aedes aegypti e Aedes albopictus.


Objetivos
Analisar a distribuição temporal dos casos prováveis de febre de CHIKem São Luís, Maranhão, no período de 2015 a 2016, correlacionando o número de casos com variáveis climáticas e infestação vetorial.


Metodologia
Estudo ecológico, de base populacional e de dados climáticos, a partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Atlas Brasil e Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).Para avaliar a relação entre o número de casos de febre de CHIK e as variáveis independentes: dias da semana (sábado, domingo e feriados foram considerados base para comparações), estação (chuvosa/estiagem), precipitação diária, vento velocidade, vento direção e Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti - LIRAa) foi ajustado o modelo estatístico Binomial Negativo. As análises foram realizadas com o software R®, versão 3.2.0.


Resultados
As variáveis que apresentaram significância estatística com o número de casos foram velocidade e direção do vento, segunda, terça, quarta, quinta, sexta e LIRAa.A correlação com o vento foi negativa, evidenciando-se que quanto mais calmo estiver, maior será o número de casos. Na análise da estimativa de aumento de casos observou-se que as maiores chances ocorreram durante a semana, sendo 4,27 vezes maior nos dias de terça-feira. A cada ciclo do LIRAa verificou-se que houve um aumento de 14,1% no número de casos. O maior número de casos ocorreu na estação de estiagem (56,66%).


Conclusões/Considerações
A correlação com o vento foi negativa.Embora o vento ainda não seja considerado como um fator determinante para a proliferação do vetor, esta relação é importante na dinâmica reprodutiva e alimentação do Aedes aegypti.Houve correlação positiva entre LIRAa e número de casos de febre de CHK. A maior procura nos dias de terça-feira pode ser justificada pela maior demanda de modo geral no início da semana nas unidades de saúde.

Instituições
  • 1 FIOCRUZ
  • 2 UFMA
  • 3 SEMUS
Eixo Temático
  • Doenças Transmissíveis