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Apresentação/Introdução
A violência contra as mulheres é uma problemática da atualidade. Seu enfrentamento requer a ação conjunta com diversos setores. Na prática odontológica, a violência física é diagnosticada, com agressões na cabeça e pescoço, causando lesões bucomaxilofaciais, danos ósseos, perdas de ordem estética e funcional, além de fatores psicossociais, com distúrbios temporomandibulares e dor orofacial.
Objetivos
Promover o empoderamento das mulheres e garantir um atendimento humanizado e qualificado, quando estas buscam ajuda por terem sofrido violência física e/ou sexual, através de prática odontológica e equipe multiprofissional.
Metodologia
Pesquisa realizada no projeto de iniciação científica “Odontologia e Violência: Reconhecendo Interfaces e Desafios na Amazônia”. Foram examinadas 120 mulheres no período de agosto de 2016 a junho de 2017. Analisou-se características sociodemográficas, índices CPO-D, condição de ATM, sensibilidade dentinária, nível de satisfação quanto a saúde bucal e vontade de sorrir ou falar. O primeiro exame foi clinico. Em seguida, entrevista através de um roteiro semiestruturado, tipo ficha, contemplando informações socioeconômicas, utilização de serviços odontológicos e auto percepção de saúde bucal. As etapas foram realizadas em uma única vez, antes ou após o atendimento de rotina da usuária.
Resultados
Os dados sócio-econômicos demonstraram baixa renda e escolaridade; maioria pardas e negras; todas em idade reprodutiva; jovens; 100% com no minimo um filho. Tipo predominantemente de violência foi psicológica e moral (38,3%) e ocorria mais de uma vez (95%). Insatisfeitas com seus dentes e boca (53,3%); vergonha de sorrir ou falar (55%). Os índices CPO-D entre 14-18 (21,7%), sedo a média nacional de 16,75 para a mesma faixa etária analisada; dentes perdidos e cariados (95%); sensibilidade dentinária (55%); declararam sentir dor na região da ATM (48,3%).
Conclusões/Considerações
O reconhecimento da violência contra a mulher como um importante problema de saúde pública e uma grave violação dos direitos humanos, faz-se necessário para que haja alocação adequada de recursos para a expansão dos centros de atenção social das vítimas de violência. O panorama atual requer um olhar urgente de todos os níveis de organização política, social, judicial e da saúde.
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