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Apresentação/Introdução
O Brasil passou por grandes alterações na oferta de serviços de saúde, especialmente nas últimas décadas. Não obstante, a configuração territorial do Sistema Único de Saúde expressa e reproduz desigualdades regionais, mantendo-se seletiva e concentrada em alguns grandes centros, exigindo grandes deslocamentos para o atendimento, em especial aquele relacionado à alta complexidade.
Objetivos
Analisar a evolução do uso dos serviços de alta complexidade em oncologia e cirurgia cardiovascular e os padrões de deslocamento nos anos 2000 e 2015 considerando a política de regionalização.
Metodologia
Estudo ecológico dos atendimentos na alta complexidade na rede do SUS, investigando dados do Sub-Sistema de Informações Hospitalares em todo o Brasil nos anos de 2000 e 2015. As redes de atenção em oncologia e cirurgia cardiovascular foram investigadas com base no fluxo dominante (o maior fluxo de saída das pessoas atendidas), e nas distâncias percorridas em busca do atendimento. Para avaliar o grau de similaridade dos padrões de deslocamentos nas UFs em relação ao padrão nacional, utilizou-se o Quociente Locacional, que compara "duas estruturas setoriais-espaciais". Utilizaram-se os programas de domínio público R, TabWin e TerraView.
Resultados
Foram analisadas as internações classificadas como "cirurgia cardiovascular", que, em 2000, foram 19.809 e, em 2015, 37.949; e as internações de pacientes com idade entre 60 a 79 anos com diagnóstico de neoplasia maligna, 78.706 em 2000, e 224.740 em 2015. Entre 2000 e 2015 registrou-se grande ampliação do acesso com aumento dos municípios e pacientes no atendimento. O padrão de deslocamentos não sofreu alterações expressivas. Aumentou o número de municípios cujos residentes foram internados. Apesar da ampliação da cobertura na região Norte e partes do Nordeste, os que ali residem tiveram que vencer distâncias longas. Destaca-se a redução das distâncias percorridas nas regiões Sul e Sudeste.
Conclusões/Considerações
Houve claros avanços na regionalização do acesso à atenção oncológica e às intervenções cirúrgicas cardiovasculares no período analisado. Nas regiões de maior nível socioeconômico, a oferta dos serviços está presente também em centros regionais; nas demais, as capitais são o grande polo de atendimento. A ampliação da cobertura facilitou o acesso dos pacientes, o que é evidenciado pelo maior número de internações e menores distâncias percorridas.
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