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Período de Realização
O presente trabalho foi realizado no período de abril a julho de 2017.
Objeto da Experiência
Diferentes dimensões do cuidado em saúde através da identificação de potencialidades e limites da promoção à saúde dentro de um dado território.
Objetivos
Mapear espaços, práticas e ações que possam ser compreendidos como pontos de produção de saúde, por gerarem empoderamento e participação social em região da zona oeste de São Paulo sob responsabilidade sanitária do Centro de Saúde Escola Butantã (CSEB).
Metodologia
Trata-se de um estudo descritivo-exploratório com abordagem qualitativa por meio de entrevista semi-estruturada. Foram entrevistados usuários do CSEB e do Centro Educacional Unificado (CEU Butantã), como tentativa de diferentes inserções no território, totalizando 19 sujeitos. No questionário buscamos abordar a percepção dos sujeitos sobre as potencialidades e limites de cuidado em saúde na vida cotidiana.
Resultados
A experiência de viver no território é qualificada positiva ou negativamente a partir da capacidade do lugar de resposta/satisfação a necessidades como trabalho, mobilidade e infraestrutura. As relações intersubjetivas perpassam as narrativas e demonstram encontros que suscitam situações de cooperação e conflitos que baseiam a vida comum. Aponta-se a ausência de organização local em torno das problemáticas comunitárias. O medo e a sensação de insegurança são pontos recorrentes nos relatos.
Análise Crítica
As relações de amizade podem ser consideradas pela promoção à saúde como elemento que potencializa o bem-estar. Há uma vivência marcada pelo medo que imobiliza. O espaço é valorado segundo as possibilidades de consumo; a cidadania está atrelada ao acesso à bens e serviços dispostos desigualmente. Identifica-se problemas coletivos, mas as soluções são situadas no “outro”. Os sujeitos se veem exteriores ao processo de construção de políticas públicas que respondam a problemas estruturais.
Conclusões e/ou Recomendações
Considera-se que bons encontros podem fecundar ações emancipatórias potencializando a construção de uma boa vida. Ações de promoção à saúde propiciam estes bons encontros, favorecem a convivência e privilegiam diferentes formas de afeto. Questiona-se como a promoção a saúde tem conseguido abordar e problematizar questões como as suscitadas nesta experiência e em que medida as ações em saúde têm sido mais prescritivas do que libertadoras.
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