Bioavailability and risk assessment of potentially toxic metals in sediments of Paraibuna River (Juiz de Fora, MG) based on SEM-AVS analysis

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Detalhes
  • Tipo de apresentação: Sessão Coordenada PQ - Pesquisador
  • Eixo temático: Química Ambiental - AMB
  • Palavras chaves: environmental risk; Metal pollution; Zinc Smelter; public health; SEM-AVS;
  • 1 INEA
  • 2 UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
  • 3 Universidade Federal Fluminense
  • 4 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
  • 5 Centro de Tecnologia Mineral
  • 6 Universidade Federal do Rio de Janeiro

Bioavailability and risk assessment of potentially toxic metals in sediments of Paraibuna River (Juiz de Fora, MG) based on SEM-AVS analysis

Ricardo Soares

INEA

Resumo

The levels of AVS were much less variable than SEM in all sediment samples.
AVS have not acted as an important carrier for SEM in sediments of Paraibuna River
The levels of SEM were Zn>Ni>Cu>Pb>Cd.

Questões (6 tópicos)

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Autor

Ricardo Soares

Olá, Cassiana, como vai?

 

A grosso modo, consideramos que o Ponto E (montante da Metalúrgica) pode ser considerado como um background geoquímico adequado, pois fizemos um levantamento histórico de uso e ocupação do solo desta região e não foram encontrados registros sobre fontes antrópicas na localidade que pudessem impactar significativamente nos resultados. Além disso, fizemos uma longa inspeção in loco, e embora não tenhamos coletado amostras diretamente na nascente do córrego a paisagem apresentava no máximo morros com pastagens degradadas ou fragmentos florestais em estágio médio de recuperação.

 

As faixas de concentrações obtidas para estes elementos nesta localidade estão de acordo com o registrado historicamente na literatura para a geologia local, o que pode ser corroborado também pela assembléia mineralógica constituinte. É uma região geologicamente muito interessante de se avaliar, devido à presença de rochas máficas e ultramáficas o que acaba proporcionando alguns valores de concentrações anômalos, especialmente para o Cromo, mas nada muito absurdo. Por outro lado, a outra amostra à montante do Curtume Real (Ponto A) apresenta outra formação geológica e possíveis fontes antrópicas de poluição que não podem ser desprezadas, ali temos que considerar mais como um ponto de referência mesmo.

 

Uma coisa que considero interessante nessa pesquisa foi a oportunidade de avaliarmos o AVS justamente em testemunhos de sedimento que poderiam ser altamente impactado por um rejeito sulfetado, mas ao que tudo indica as condições do meio não ajudaram muito na precipitação de sulfetos.

Cassiana Carolina Montagner

Oi Ricardo,

Muito interessante mesmo seu trabalho!

A escolha das áreas de estudo são o coração de uma pesquisa, né?

Um grande abraço,

Cassiana

Autor

Ricardo Soares

Oi Cassiana! Concordo inteiramente contigo e é uma pena que seja uma área tão pouco estudado pela comunidade da química ambiental brasileira. O acesso é muito tranquilo e fácil. Essa área de estudo possibilita uma perspectiva altamente inovadora sobre os mecanismos e processos ambientais que ocorrem em ecossistemas aquáticos e também pedológicos.  Gostaria muito que os colegas e amigos se interessassem em estudar essa área, que é responsável por mais da metade da produção de zinco metálico no Brasil.

 

Lembrei de uma coisa, vocês ainda fazem análise de micro e nanoplásticos? Tem uma empresa aqui do RJ interessada em analisar micros e nanoplásticos em amostras de chorume de aterros sanitários.

Autor

Ricardo Soares

Muito obrigado ! Fico à disposição para quaisquer dúvidas, críticas ou sugestões.

Abraços!

Autor

Ricardo Soares

Olá, Marcos, tudo bem?

Os testemunhos de sedimentos dessa região são altamente impactados pela ação da metalúrgica e do curtume. São valores extremos que os posicionariam quase como casos emblemáticos mundiais:

Nos testemunhos foram encontrados os seguintes valores máximos de concentração (mg kg-1) pelo método USEPA 3051-A:

Zn =4.500,00

Pb = 1.200,00

Cu = 500,00

Cd = 160,00

Cr (total) = 268,00

Cr (VI) = 19,82

Co = 160,00

Ni = 115,00

 

Nos solos da região é pior ainda: (mg kg-1) pelo método USEPA 3051-A

Zn =7.212,00

Pb = 1.706,00

Cu = 792,00

Cd = 172,00

Cr (total) = 5328,00

Cr (VI) = 

Co = 50,00

Ni = 33,00

 

Nosso grupo fez também determinações em amostras de água que resultou no artigo abaixo e nos surpreendeu ao encontrarmos concentrações de 4.630,00 ug L-1 para Zinco e 43,00 ug L-1 para Cd:

Avaliaçao da Aplicabilidade de Indices de Poluiçao Aquática: Estudo de Caso no Rio Paraibuna (Juiz de Fora, MG, Brasil)
Evaluation of the Applicability of Aquatic Pollution Indices: A Case Study in Paraibuna River (Juiz de Fora, MG, Brazil)

Ricardo Soares, Wilson Thadeu V. Machado, David V. B. de Campos, Maria Inês C. Monteiro, Aline S. Freire, Ricardo E. Santelli

 

http://static.sites.sbq.org.br/rvq.sbq.org.br/pdf/v8n6a22.pdf

 

 

 

Marco Tadeu Grassi

Obrigado por sua pronta resposta, Ricardo e parabéns a você e todos os demais envolvidos pelo trabalho.

Autor

Ricardo Soares

Eu que agradeço, é sempre um prazer conversar com todos vocês!

Autor

Ricardo Soares

Olá, Thatiane, tudo bem? Fico muito contente que tenha gostado, obrigado!

A amostragem de testemunhos costuma pregar essas peças na gente. O ideal seria que todas as amostras tivessem a mesma profundidade e que fosse o mais fundo possível. Contudo, dependendo da localidade corremos o risco de simplesmente ter um depósito sedimentar curto... Literalmente, chegamos na rocha em alguns pontos. As vezes ocorre a própria limitação  do aparato de amostragem e em outras é a aleatoriedade mesmo. No Ponto E, que apresenta apenas 4 camadas (0-5, 5-10, 10-15 e 15-20) tentamos "pescar" profundidades maiores várias vezes, mas os processo naturais de diagênese locais, assim como aspectos geomorfológicos não permitiam atingir grandes profundidades.

Além disso, nós já tínhamos feito uma consulta em estudos prévios e com informações da FEAM e da prefeitura de Juiz de Fora, o que nos tranquilizou em relação à essa área.

 

Finalmente, dependendo do ponto amostral teremos o favorecimento de fenômenos deposicionais ou de dispersão dos sedimentos... O Ponto E, devido à sua fisiografia, altitude e localização no relevo é mais uma região de dispersão dos sedimentos gerados, do que um ambiente deposicional.

Fico à disposição para novas dúvidas!

Autor

Ricardo Soares

Olá, Rafaela, como vai? Obrigado pela parabenização! Tudo passou pela curiosidade científica, nosso grupo ficou extremamente intrigado ao saber quais seriam os processos químicos que regeriam os padrões de toxicidade e de poluição em diversos compartimentos ambientais de uma área que foi tão impactada antrópicamente e que possui uma fábrica que é responsável por mais da metade da produção nacional de zinco metálico. Estudar essa área pode nos fornecer respostas sobre os mecanismos naturais ou não que atuam sobre os poluentes metálicos e com isso subsidiar soluções ou medidas de controle ambientais satisfatórias para mitigar os respectivos ambientais e/ou ecológicos.

Autor

Ricardo Soares

Obrigado, Evellyn. Fico à disposição para críticas, sugestões e/ou quaisquer dúvidas.