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Analgo-sedação e delirium em unidades de terapia intensiva brasileiras

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Introdução: O manejo da analgo-sedação e delirium permanece um desafio dentro das unidades de terapia intensiva, sendo relacionada a mudanças de desfecho se realizadas adequadamente.Objetivo: Avaliar o manejo da analgo-sedação e delirium na realidade brasileira atual.Métodos: Foi aplicado questionário, desenvolvido na plataforma digital Survey Monkey, com 17 questões que englobavam as práticas de analgo-sedação e delirium utilizadas nas unidades de terapia intensiva no Brasil. Médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e psicólogos foram convidados a participar.Resultados: Obtivemos quatrocentos e dez questionários respondidos. 59,5% dos respondedores tinham protocolos de analgo-sedação implantados. Avaliação sistemática de dor e sedação foi evidenciada em 59,24% e 73,82% da amostra. Ferramentas validadas para avaliação da sedação é utilizada por 72,91% dos participantes, sendo que o despertar diário foi a estratégia adotada por 60,11%. Midazolam, fentanil e propofol são as medicações mais utilizadas na atualidade. O delirium é avaliado por 44,68% dos pesquisados, sendo que o CAM-ICU é utilizado em 56,72%. O haloperidol foi a medicação mais utilizada no tratamento do delirium hiperativo (72.13%)Conclusões: Este estudo evidencia a necessidade de grandes avanços em relação às rotinas aplicadas no manejo da analgo-sedação e delirium, apesar de evidências consistentes na literatura que determinam melhores desfechos, quando aplicados protocolos e estratégias recomendadas.