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VAMOS INCLUIR? INCLUSÃO NO ENSINO DA MATEMÁTICA COM APOIO DE MATERIAS CONCRETOS
Taíse Lara de Souza Jorge
Universidade Federal da Bahia
Agora você poderia compartilhar comigo suas dúvidas, observações e parabenizações
Crie um tópicoComo o professor pode lidar com uma sala de aula diversa, repleta de estudantes completamente distintos, seja em contexto de vivências, seja fisicamente e/ou mentalmente? Este é o tipo de desafio que um professor precisa lidar cotidianamente no seu ambiente de ensino, o que exige que esse se reinvente para proporcionar o melhor ensino/aprendizado dos estudantes. As vivências em sala proporcionam experiências das mais diversas, que teoricamente reduziriam esses impactos com o passar do tempo, mas até que ponto de fato isso ocorre? Ou seria muito mais simples lidar com todo esse contexto os profissionais recém-formados que vêm com toda uma formação mais atualizada? É muito complexo pensar em uma aula, com uma metodologia única, uma aula universal, que proporcione o aprendizado de todos simultaneamente, tendo em vista que cada estudante possui seu modo próprio de aprendizado, entre as muitas possibilidades de tornar a matemática mais atrativa e compreensível à todos. Uma ferramenta encontrada para auxiliar nesse desafio, é a utilização de modelos concretos, uma vez que eles possibilitam um aprendizado mais palpável, manipulável e efetivo. No presente trabalho, será apresentado desde a motivação para criação e construção de um modelo matemático de inclusão, para pessoas com deficiência intelectual e/ou cegas objetivando o ensino/aprendizado de teoria dos conjuntos, quanto os primeiros impactos proporcionados pela construção de aula com uso desse modelo, que foi construído baseado nas teorias de Vygotsy.
ANETE OTÍLIA CARDOSO DE CRUZ
Olá, Taíse e Denise!
Parabéns pela proposta de trabalho. Mto importante ter trabalhos voltados, também, para o Ensino Médio.
Taíse, a partir do material manipulável que vcs realizaram, como o(a)s estudantes com deficiência (ou estudantes da inclusão) realizaram as atividades do livro e/ou material didático que envolviam a teoria de conjuntos? Como vcs propunham a aula para ele(a)s?
Será que tb não seria a oportunidade do(a)s estudantes videntes conhecerem o Braille? O alto relevo é um caminho, mas haver as trocas, consideramos ser tb mto interessante para todo(a)s.
* Só uma observação: a ONU recomenda o uso da expressão "pessoa com deficiência". Ela é adotada pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (ONU, 2006), principal referência internacional sobre esse assunto. Pode soar estranho para nós, mas a nomenclatura foi fruto da luta de uma sociedade.
Gratidão
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Taíse Lara de Souza Jorge
Olá Anete, inicio agradecendo pelas enriquecedoras questões levantadas.
O modelo foi apresentado aos estudantes em contexto remoto, sabemos que nesse ele acaba perdendo parte da sua funcionalidade pelo fato de não poder ser manipulado diretamente pelos estudantes, e mais ainda, por não termos informações sobre a presença ou não de estudantes da inclusão em sala. Desse modo, a informação que temos é de que a turma era de estudantes sem deficiência. Estes, conseguiram compreender melhor os conceitos de união, inclusão, diferença,... e utilizar de modo mais claro o diagrama de Venn para realizar as atividades propostas, isto porque o uso do modelo que além de ser colorido e manipulável, apresentava inicialmente problemas de conjuntos que envolviam pessoas do seu cotidiano, ao invés dos temíveis números.
As aulas como dito ocorriam remotamente e a abordagem metodológica adotada na grande maioria das vezes era a modelagem matemática. No entanto, essa foi a abordagem que funcionou bem para o ensino de Teoria dos Conjuntos com essa turma. Em um outro momento, também na modalidade remota, trabalhei outros conteúdos com uma estudante que tinha déficit de atenção, nesse caso, a modelagem não trouxe bons resultados, o uso de metodologias ativas apresentou resultados muito mais satisfatórios. Ressaltando que não haverá uma receita pronta, o tema da aula, os indivíduos que compõem a turma e o contexto em que o ensino as aulas estão ocorrendo, são grandes influenciadores de todo o processo.
Com relação ao Braille eu agradeço grandemente pela sugestão e acredito que sim, seria uma ótima oportunidade para o aprendizado dos estudantes não cegos, vou entrar em contato com a professora Denise, afinal, porque não utilizarmos além do alto relevo o Braille nos nossos modelos? Acredito que com o uso de cola quente ( material de baixo custo), já seria possível faze-lo, e proporcionar essa troca, como você sugeriu, afinal esse é um dos papeis da escola, promover a troca de experiências e saberes.
Por fim, agradeço pela atualização com relação aos termos mais adequados, pois reconheço a importância de sabe-lo.
Abraços inclusivos!