Avaliação da Cu-FAU por Espectroscopia na Região do UV-vis in situ no Processo de Oxidação Direta do Metano em Metanol

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Detalhes
  • Tipo de apresentação: Trabalho completo - apresentação oral 5 a 10 minutos
  • Eixo temático: Catálise em refino e petroquímica
  • Palavras chaves: oxidação do metano; metanol; Faujasita; processo isotérmico;
  • 1 Departamento de Engenharia Química da Universidade Federal de São Carlos
  • 2 Universidade Federal de São Carlos

Avaliação da Cu-FAU por Espectroscopia na Região do UV-vis in situ no Processo de Oxidação Direta do Metano em Metanol

Jussara Vitória Reis

Departamento de Engenharia Química da Universidade Federal de São Carlos

Resumo

O processo isotérmico da reação de oxidação do metano em metanol em ciclos é essencial para reduzir o tempo de cada ciclo de reação. A utilização Cu-Faujasita (Cu-FAU) no processo isotérmico com alto rendimento do metanol é possível, no entanto os estudos ainda são recentes e o conhecimento dos sítios de Cu2+ ativos neste material ainda não está estabelecido. Portanto, o objetivo do trabalho é identificar as possíveis espécies ativas em Cu-FAU. As amostras foram obtidas por troca iônica da zeólita FAU com Cu2+. As amostras foram submetidas a ensaios de atividade na reação de oxidação do metano em metanol, e caracterização através da análise espectroscópica na região do UV-vis in situ em diferentes temperaturas. Os resultados demonstram que há uma única espécie ativa do tipo [CuOH]+ em todas as temperaturas de reação estudada. Durante o primeiro ciclo de reação espécies de Cu2+ isoladas são hidrolisadas devido à promoção de água durante a reação. Além disso, os resultados dos testes de atividade demonstram rendimentos diferentes de metanol devido à quantidade de alumínio presente na zeólita, indicando que uma menor razão Si/Al favorece a maior produtividade de metanol.

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Autor

Jussara Vitória Reis

Olá Glaucio, obrigada!


Optamos pelo uso desse material devido ao artigo (DOI: 10.1021/acscatal.9b01534) publicado e 2019 quando iniciei o meu doutorado ser o primeiro a relatar altos rendimentos para a FAU em ciclo isotérmico, o principal objetivo da minha tese. A partir desse artigo há questionamento com a literatura anterior que afirmava que zeólitas de poros grandes como a FAU era inativa para a reação de oxidação direta do metano a metanol. Você pode verificar neste artigo os estudo comparativo com a MOR e MFI, e os resultados não são similares. Observe a Figura 2 deste artigo um TPR-CH4, a qual é mostrado que diferentes estruturas irão consumir o metano e temperaturas diferentes. Dessa forma, foi possível verificar que a FAU precisava de uma temperatura maior para ativar o metano.

Obrigada pelo interesse no meu trabalho.

Glaucio José Gomes

Neste último dia do evento, venho agradecer pela atenção e desejo sorte nas atividades de pesquisa do seu grupo.

Autor

Jussara Vitória Reis

Boa noite, obrigada!

1-A célula de reação é Aparato Harrick Praying Mantis with reaction champer. Na cela é utilizado um domo de quartzo, e resistência blindada. Assim que conseguir uma referência do esquema eu respondo novamente.

2- Sim, razões Si/Al menores possuem maior capacidade de troca devido à maior quantidade de alumínio.

Um cátion de Cu2+ compensa a carga de 2 Al, então o teor máximo de cobre que poderia estar compensando a carga seria uma razão de Cu/Al=0,5. Se caso houver uma razão maior, haverá cobre que não estará compensando a carga do alumínio.

Os sítios ativos que esperamos são formados por cobre compensadores de carga do Al. Este trabalho é inicial do meu doutorado, e ainda não tive a oportunidade de fazer uma quantificação química nos materiais, mas acredito que a zeólita de menor razão Si/Al esteja com uma carga de cobre maior.

Pode ser possível a mesma quantidade de cobre. No entanto, se for o objetivo apenas de compensar a carga do alumínio, a zeólita de maior razão Si/Al poderia por exemplo ter uma razão Cu/Al = 0.5 e a zeólita com menor razão Si/Al não poderia atingir essa mesma razão se ambas tiverem a mesma carga de cobre, a zeólita com menor razão Si/Al não estaria compensando todo o alumínio da rede. 

Acredito que para uma melhor comparação entre os materiais para esta reação seria interessante pensar na razão Cu/Al.


3- Realizei apenas um segundo ciclo e o material mostrou atividade, mas ainda estou em fase de teste e não está conclusivo. Mas irei sim fazer mais de um ciclo para verificar a estabilidade do material. 

Agradeço a sua atenção por meu trabalho, espero ter respondido suas dúvidas.
 

Alexandre Gaspar

Muito obrigado, Jussara.

 

Autor

Jussara Vitória Reis

Olá, obrigada. 


Agradeço à atenção, desculpa a demora em responder. Suas perguntas foram muito interessantes, mas tive que esperar meu orientador avaliar as respostas, não poderei responder com detalhes no momento. 

1- O grupo já testou em outra topologia e tivemos resultados promissores, mas ainda não podemos divulgar. 

2- Estamos estudando, mas no momento também não podemos divulgar. 

3-O Grupo, recentemente, testou a FAU com ferro. Porém, os resultados não foram interessantes. Em relação aos outros metais que você sugere, para minha tese acredito que estudarei somente o cobre. 

4-Operando não, pois o processo ainda é em escala laboratorial e não seria possível definirmos as condições de operação.

Obrigada pela sugestão dos artigos.