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Estudo ab initio da estrutura eletrônica de complexos com ligante 1,2-ditiolato
Heloisa Naomy Silva Menezes
Universidade Federal Fluminense
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Revisitando a estrutura eletrônica do [Co(CN)6]3-Complexos de ligantes 1,2-ditiolato se tornaram famosos por exibirem propriedades semicondutoras. 3 estruturas de Cu(II), Sb(III) e Bi(III) com 2 ligantes 1,2-ditiolado foram estudadas por FOD, CASSCF, DLPNO-CCSD(T) e DFT com funcional DSD-BLYP para UV-VIS com funções de base Def2-TZVP com objetivo de avaliar correlação eletrônica estática e dinâmica. Os resultados CASSCF e UV-VIS indicaram um estado fundamental isolado e estados excitados duplamente degenerados devido à simetria dos ligantes no complexo. Por fim, resultados DLPNO-CCSD(T) mostraram forte transferência de carga dos ligantes para o metal.
Matheus Morato Ferreira de Moraes
Olá Heloisa, seu trabalho é extremamente interessante e parece bem desafiador em especial no caso do cobre. Não sei a melhor forma de usar essa ferramenta, então separarei as perguntas em tópicos diferentes.
Quanto aos sistemas escolhidos: Vejo as similaridade dos sistemas contendo antimônio e bismuto, previamente estudado pelo grupo e com uma parceria experimental. O cobre por outro lado possui carga e configuração de valência diferentes dos anteriores. Além disso, metais de transição 3d são conhecidos pela dificuldade na descrição de métodos computacionais. Qual a motivação de estudar o sistema de cobre? Há estudos experimentais sobre eles?
Matheus Morato Ferreira de Moraes
Nos cálculos CASSC quais os orbitais ativos utilizados, mais especificamente, é possível determinar quais são majoritatiamente pertencentes aos metais? No caso do cobre (e nos metais 3d de modo geral) há o chamado efeito de dupla camada d que pode causar problemas em estados de transferência de carga, a abordagem utilizada descreve tal efeito?
Para os cálculos de referência simples, convergir estados excitados de mesma simetria espacial e de spin é em geral difícil. Seus cálculos CC partiram de determinantes HF excitados? Se sim, qual a estratégia para convergir tais estados; Se não, qual a metodologia empregrada?
Heloisa Naomy Silva Menezes
Olá, os orbitais ativos utilizados se baseiam na sugestão oferecida pelo cálculo FOD que é realizado anterior ao cálculo CASSCF. Primeiro, porque estes cálculos demandam serem alimentados com orbitais já convergidos (arquivo com a extensão gbw no software ORCA) e, segundo, porque a escolha do espaço ativo é sempre desafiadora e este método é pensado para detectar correlação eletrônica a nível DFT o que facilita o trabalho. No caso da participação de cada orbital entre os átomos da molécula, esta resposta é fornecida por análises populacionais dadas no output, como a análise de Loewdin. Porém, a participação dos ligantes é grande.
A molécula de cobre foi a mais tranquila de se trabalhar das três estruturas, mesmo sendo open-shell, porque o CASSCF lida muito bem com camada aberta. Além da tentativa FOD para determinar o espaço ativo, o método FPBU também foi empregado (onde se parte dos orbitais do centro metálico e o CASSCF é gradualmente expandido para os orbitais dos ligantes e, quando necessário, incluir a dupla camada d). Os dois tipos de CASSCF convergiram facilmente para o cobre, mas a abordagem FOD se mostrou mais proveitosa com relação ao que buscávamos observar, que se trata de compreender o fenômeno de degenerescência das transições eletrônicas nessas estruturas.
Os cálculos DLPNO-CCSD(T) são do tipo black-box (no caso do software ORCA, não sei dizer sobre outros softwares). Esse cálculo é uma aproximação do CCSD(T) com menor custo computacional usando orbitais localizados, mas consegue estimar bem a energia de correlação de um CCSD(T), até 99%. O cálculo também insere correção perturbacional nesses orbitais com NEVPT2.
Matheus Morato Ferreira de Moraes
Por volta dos 4 min de vídeo há uma tabela comparando as energias de transição calculadas com diferentes métodos para o complexo de bismuto, vocês estenderam esse estudo para os demais complexos e/ou para diferentes funcionais em nível TDDFT? Se sim, poderia comentar sobre os resultados?
Heloisa Naomy Silva Menezes
Esses resultados foram obtidos pelo grupo há alguns bons anos atrás. Cálculos TDDFT foram feitos sim com o objetivo de inserir parâmetros que o custo computacional não permitia na época. Assim, o TDDFT foi feito com um funcional duplo-híbrido (já que esses funcionais são parametrizados para esse objetivo) e com a presença de solvente, mas implícito. Os resultados tiveram bom acordo com os experimentais, que existem para as três estruturas. Eles mostraram essas transições quasi-degeneradas e os orbitais participantes.
Paulo McMiller
Oi Heloisa, quando você fala sobre o caráter multiconfiguracional ou multireferencial das transições eletrônicas, poderia esclarecer um pouco mais qual a relação disso com os resultados de correlação eletrônica apresentados por você para o FOD?
Parabéns pelo seu trabalho! :)
Heloisa Naomy Silva Menezes
Oi, a análise FOD é pensada para detectar correlação eletrônica, mas de forma qualitativa apesar de fornecer resultados numéricos. Esse método foi usado para facilitar de identificar o espaço ativo do CASSCF porque ele aponta a região e orbitais da molécula com chances altas de exibir correlação eletrônica. A presença de caráter multirreferencial ou multiconfiguracional em uma estrutura significa alta correlação eletrônica, já que diversas configurações eletrônicas têm participação elevada na descrição do estado.
Francisco Bolivar Correto Machado
Excelente trabalho de IC! Como foi escolhido o espaço ativo?
Heloisa Naomy Silva Menezes
Muito obrigada! O espaço ativo do cálculo CASSCF foi escolhido utilizando a análise FOD como guia para encontrar os elétrons e orbitais correlacionados (o cálculo devolve de forma explícita esses orbitais). Esse método é pensado para detectar correlação eletrônica, mas é um método qualitativo. Por isso é uma etapa do estudo e não a avaliação final para explicar como se manifesta a correlação eletrônica no trabalho. Uma segunda construção de espaço ativo, partindo do centro metálico e se expandindo para os ligantes foi experimentada, porém não se mostrou adequada para o nosso caso.
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Heloisa Naomy Silva Menezes
Olá! Muito obrigada. Centros metálicos com elétrons desemparelhados, como o cobre(II), adicionam mais complexidade ao sistema. A presença de correlação eletrônica é comum em metais do grupo d. Como o objetivo do trabalho e avaliar a atuação da correlação eletrônica nesses sistemas, uma participação mais ativa do centro metálico seria interessante de ser observada. Todas as estruturas desse trabalho foram estudadas anteriormente pelo professor Glaucio Braga (meu orientador) na sua tese de doutorado e em artigos, então havia um interesse anterior para estudar todas as estruturas e transições eletrônicas degeneradas.
Matheus Morato Ferreira de Moraes
Muito obrigado pelas respostas, todas foram vem completas e claras.
Você poderia me passar as referências dos estudos anteriores, por favor?
Heloisa Naomy Silva Menezes
Claro! Aqui estão:
10.1016/j.saa.2007.12.010
10.1016/j.micromeso.2013.11.029
http://proceedings.spiedigitallibrary.org/ on 07/02/2016 Terms of Use: http://spiedigitallibrary.org/ss/TermsOfUse.aspx
Ferreira, Glaucio Braga.
Espectroscopia Eletrônica de Complexos do 1,3-ditiola-2-tiona-4,5-ditiolato (dmit) e seu isólogo 1,3-ditiola-2-ona-4,5-ditiolato (dmio) com Elementos Representativos/Glaucio Braga Ferreira. Rio de Janeiro: UFRJ/IQ, 2007.
xvi, 304p.
Tese - Universidade Federal do Rio de Janeiro, IQ.