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DIÁLOGOS EM ANÁLISE DO DISCURSO: LINGUA(GEM), SUJEITO, MEMÓRIA
Águeda Aparecida Da Borges
Universidade Federal de Mato Grosso
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Crie um tópicoRESUMO: O V Sediar é um espaço propício para discussões. Por isso, propomos este Simpósio com a finalidade de discutir sobre pesquisas desenvolvidas, sob bases do Discurso na relação com os sentidos, especialmente os fundamentados na Análise de Discurso, teoria crítica, que vem constituindo, no fio das ciências sociais e humanas, uma disciplina de (re)investigação sobre a linguagem, a história, a sociedade, a ideologia, a produção de sentidos e a noção de sujeito. Nessa orientação, as práticas discursivas funcionam como elementos de mediação necessária entre o sujeito e sua realidade. Nos entremeios abertos pelas análises, dos “corpora”, pelo gesto de interpretação, buscamos, por exemplo, desestabilizar sentidos naturalizados na materialização da escrita alfabética de/por mulheres indígenas, lembrando que, a imersão nesse campo de conhecimento já pressupunha um sujeito modificado, em relação ao imaginário produzido pelo modelo da sociedade capitalista, inscrito em discursos conflituosos sobre os povos indígenas e, particularmente, sobre as mulheres. Ou sobre a escrita de haitianos na cidade de Cuiabá-MT, retomando o processo de migração, que pode se dar de forma voluntária – vontade de mudança –; ou involuntária – conflitos políticos e religiosos, perseguições, guerras, catástrofes naturais e miséria –, gera os refugiados, que, frequentemente, se tornam expostos à situação de intolerância nos países “escolhidos” para viverem. Em outras palavras, é necessário que os refugiados se coloquem como sujeitos de si mesmos e do novo espaço, pois as condições de produção que os instituíram/instituem no mundo, no Brasil e, particularmente, na capital de Mato Grosso, possibilitam compreender a luta entre a sobrevivência e a morte, provocada pelas perdas que os caracterizam: do país, familiares, língua e de si mesmos, procurando identificar a característica de contestação das redes de memória de sentidos, marcante nas lutas por voz, espaço, reconhecimento de identidades, visibilidade, dentre outras, historicamente, que se colocam no ponto de encontro “entre uma atualidade e uma memória” (Pêcheux, 2006). Nas brechas do diálogo, abrimos para a recepção de trabalhos que toquem os processos de identificação e subjetivação, História das Ideias, na especificidade de cada trabalho. Assim, podemos afirmar que esta é uma forma de participar do esforço teórico/metodológico/analítico, também, político, considerando as relações discursivas que atravessam a história e ressoam na/pela memória no presente.
PALAVRAS-CHAVE: Discurso; Sujeito; Memória
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