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A SUBJETIVIDADE MASCULINA NO DISCURSO HUMORÍSTICO: DIÁLOGOS COM A TEORIA DISCURSIVA DE BUTLER
Filipo Pires Figueira
Universidade Estadual de Campinas
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DIÁLOGOS EM ANÁLISE DO DISCURSO: LINGUA(GEM), SUJEITO, MEMÓRIAO objetivo desta comunicação é (re)pensar um dos conceitos mais fundamentais e centrais da Análise do Discurso: a categoria da subjetividade. Em uma coletânea de textos publicados durante a década de 1990, Possenti (2009) aventa que a imbricação entre sujeito e arquivo (constante tanto na construção foucaultiana da sujeição pela incitação do discurso quanto na cena interpelativa althusseriana) seja ela própria “efeito do arquivo”: isto é, estas teorias da subjetivação na e pela linguagem são profícuas muito em conta da escolha canônica de um corpus institucionalizado e, na maioria das vezes, de teor político. Haveria, no entanto, sujeito fora do arquivo. É nesse sentido que a releitura filosófica que Butler promove de ambas as teorias da subjetivação em Excitable Speech (1997) e em Sobre a vida psíquica do poder (2017) permite trazer novos ares a essa problemática na AD. Por um lado, através da noção de performatividade, a autora demonstra como os sujeitos estão vulneráveis à linguagem, podendo ser feridos e formulados por ela (BUTLER, 1997). Por outro, ao propor uma posição foucaultiana dentro da psicanálise – ou ainda, ao pensar a economia psíquica do poder –, a autora introduz no processo de sujeição, por meio do apego, o paradoxo de que, por mais que o poder subordine, é ele também quem garante as condições de existência – e, portanto, de resistência – do sujeito (BUTLER, 2017). Assim, apegado à sua subordinação e vulnerável à interpelação linguística, o sujeito deve engajar-se ativamente para tornar-se inteligível. Dado que a subordinação, para Butler, está diretamente relacionada à uma economia linguística (ou até mesmo, discursiva), sua posição torna-se de grande interesse. Pretende-se explorar seu trabalho afim de esboçar caminhos para pensar a subjetivação como um processo ativo – não passivo –, em que a agência daquele que se torna sujeito é crucial para o (in)sucesso do processo. doutorado, analisarei piadas que discutam a masculinidade em relação ao ideal ou mito da virilidade (COURTINE, 2013; GAZALÉ, 2017), esboçando caminhos para pensar a subjetivação como um processo ativo – não passivo –, em que a agência daquele que se torna sujeito é crucial para o (in)sucesso do processo.
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