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AS POLÍTICAS DE ALFABETIZAÇÃO DOS GOVERNOS FHC (1995-2002) E LULA (2003-2010): “ALFABETIZAÇÃO SOLIDÁRIA” E “BRASIL ALFABETIZADO”
Tatiana Freire de Moura
Universidade Federal Fluminense
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Crie um tópicoClaudia Regina Castellanos Pfeiffer
Caras Tatiana e Fernanda, boa tarde!
Em primeiro lugar, agradecemos a valiosa participação de vocês!
Nossa leitura dos trabalhos apresentados gira em torno da nossa questão central desse Simpósio - o funcionamento argumentativo como um gesto da ordem do interdiscurso. Pensando nisso, como vocês vêm a “invisibilidade de determinados grupos sociais”, na propaganda, como algo eficaz, como um elemento desse funcionamento argumentativo? Além disso, como se dá o assujeitamento nesse processo discursivo? Qual o imaginário que se constrói dos referentes “língua” (não, linguagem) e “escrita” no espaço urbanos?
Um abraço,
Claudia e Mariza
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Tatiana Freire de Moura
Boa noite, queridas Claudia e Mariza!
Primeiramente, agradecemos pela oportunidade de participar do Simpósio organizado por vocês e pelas questões apresentadas.
Na primeira propaganda (Alfasol), produz-se um apagamento da diversidade que constitui a população brasileira. Já na segunda (Brasil Alfabetizado), essa diversidade comparece nos espaços, na representação dos sujeitos, no preenchimento dos espaços pelos sujeitos etc.. Os dois funcionamentos produzem efeitos de sentidos distintos: na campanha do governo FHC, o imaginário de sujeito não-letrado que deve ser letrado é de homem, branco, jovem-adulto, bem vestido, que pode ocupar o mercado de trabalho. A eficácia da propaganda gira em torno do capital, inclusive porque é destinada ao financiamento de grupos empresariais, mais do que aos próprios analfabetos que poderiam vir a se identificar com o imaginário representado; na campanha do governo LULA, a eficácia da propaganda gira em torno do social, embora não se perca de vista o capital, considerando o mundo do trabalho. Ela se relaciona diretamente aos sujeitos não-letrados (e não a empresários). E constitui um imaginário em que há diferentes imagens para os sujeitos analfabetos: homem, mulher, idoso, jovem, adolescente, trabalhadores etc. É importante ressaltar que nela há um movimento do sujeito indo à escola (e isso não ocorre na propaganda do Alfasol, em que o sujeito significa apenas um centro urbano), como um lugar e uma prática instituídos pelo Estado, significando que, para ser alfabetizado, é necessário passar pela escolarização. Destaca-se, assim, a alfabetização como elemento para o sujeito se constituir como cidadão. Como não dito, nas duas propagandas, observa-se a falha do Estado em proporcionar a escolarização da sociedade. Constrói-se um imaginário de língua e escrita como um dos obstáculos para compreender o mundo e estar inserido nos espaços urbanos.
Saudações cordiais!
Tatiana e Fernanda
Claudia Regina Castellanos Pfeiffer
Muito obrigada pelo retorno, Tatiana e Fernanda! Vamos continuar à tarde no Simpósio!
Um abraço,
Claudia e Mariza!