Qualificação e quantificação de óleo fixo em sementes de Sacha inchi e seus produtos por RMN

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Detalhes
  • Tipo de apresentação: Resumo Comunicação Oral
  • Eixo temático: Profissional
  • Palavras chaves: Plukenetia volubilis L; RMN-DT; óleos vegetais;
  • 1 Universidade Federal do Amazonas
  • 2 Química / Instituto de Ciencias Exatas / Universidade Federal do Amazonas
  • 3 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
  • 4 Faculdade da Amazônia Ocidental
  • 5 Universidade Federal do Amazonas - UFAM

Qualificação e quantificação de óleo fixo em sementes de Sacha inchi e seus produtos por RMN

Matheus Marinho

Universidade Federal do Amazonas

Resumo

É crescente o consumo de grãos ricos em óleos insaturados [ex. ácido linoleico (ω-6) e ácido α-linolênico (ω-3)]. Dentre esses, destaca-se a Sacha inchi (Plukenetia volubilis L., Euphorbiaceae), oriunda da Amazônia. A presença de ω-3 e ω-6 torna sua semente eficaz no combate a doenças cardíacas, imunológicas, respiratórias, além de câncer e diabetes. Seu uso tem se tornado uma alternativa na produção de ração a partir de sua torta extrativa visando a produção de ração para peixes criados em cativeiro (destaque o tambaqui e a matrinxã), ocasionando o aumento dos teores de ω-3 [1]. Neste contexto, a RMN 1H possibilita a qualificação do conteúdo graxo de óleo a partir do próprio espectro, bem como a quantificação por RMN-DT a partir de suas amêndoas [2, 3]. Portanto, o presente trabalho visa qualificar o teor de óleo fixo extraído de amêndoas de Sacha inchi por RMN 1H de três acessos (dois brasileiros e um peruano) nos meses de outubro e novembro de 2018, bem como quantificar, por RMN-DT, o teor lipídico nas amêndoas e na ração de peixe produzida a partir dessa matriz. RMNq 1H baseia-se no fato de que os ácidos graxos estão em forma de ésteres glicéricos, o que possibilita a determinação dos resíduos graxos (oleico, ω-9; linoleico, ω-6; linolênico, ω-3, e saturados) [2]. Cerca de 15 mg de óleo de cada acesso, em triplicata, foi solubilizado em 500 µL de clorofórmio e submetido à análise por RMN (Bruker Ascend IIIHD, 500 MHz). O sinal do glicerol foi tomado como referência para calibração, seguido pela determinação dos resíduos graxos de cada ácido graxo em  2,02; 2,74; 0,98 e 2,28 para ω-9, ω-6, ω-3 e saturados, respectivamente. Já a quantificação lipídica nas amêndoas e na torta se deu por RMN-DT (SpecFIT, 13 MHz) seguindo a ISO 10565:1998 [3], a qual se baseia na magnitude do sinal do eco produzido pela FID-ECO. A análise por RMN 1H mostrou não haver diferença significativa entre os teores desses acessos, bem como sugere que a sazonalidade não alterou significativamente a composição. Os teores médios determinados (%) de ω-3, ω-6, ω-9 e saturados para todos os acessos e meses são: 33,9 ± 1,4; 45,1 ± 0,7; 8,8 ± 1,2 e 12,2 ± 0,7; respectivamente. A RMN-DT possibilitou dosagem do óleo na ração produzida com essa torta em qualquer proporção enquanto a ração de amêndoas só pode ter óleo dosado a partir de 40% (m/m). Esse trabalho confirma a composição graxa das amêndoas de Sacha inchi por RMN, cujos dados corroboram com os resultados obtidos previamente nesse estudo por CG-EM e CLAE-EM. Portanto, essa abordagem possibilitou dosar o conteúdo de óleo em ração de peixe produzida com Sacha inchi, sem a necessidade de abertura de amostra.

Referências
[1] T. B. Araújo-Dairiki, F. C. M. Chaves, J. K. Dairiki, Acta Amazonica, 2018, 48, 32-37.
[2] A. Barison et al., Magnetic Resonance in Chemistry, 2010, 48, 642-650.
[3] ISO 10565, 1998.

Agradecimentos
CNPq, FINEP, FAPEAM

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