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DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE METODOLOGIA VIA RMN QUANTITATIVO E QUALITATIVO PARA CONTROLE DE QUALIDADE DE FÁRMACOS.
Priscila Rubim
Instituto Militar de Engenharia
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NOVO ALCALOIDE ISOLADO DO FUNGO ENDOFÍTICO Diaporthe hongkongensisA técnica de Ressonância Magnética Nuclear (RMN) é largamente utilizada na indústria farmacêutica. Tanto qualitativamente no controle de qualidade de medicamentos, como quantitativamente na análise de falsificações e contaminações através do cálculo de impurezas [1]. Porém, a técnica ainda tem seu uso limitado nas farmacopeias mundiais. Na Farmacopeia brasileira, a RMN ganhou um capítulo geral na sexta edição de agosto de 2020. Contudo, a descrição de métodos em monografias ainda é inexistente.
Com base nessa demanda iniciou-se um processo de validação da metodologia e criação de monográficas utilizando a técnica de RMN e RMNq seguindo a RDC no 166, de 25 de Julho de 2017. Estabeleceu-se parceria com o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), Centro Desenvolvimento em Tecnologia de Saúde (CDTS) e Farmanguinhos que são unidades da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e atuam em cooperação com a (ANVISA) e com Secretarias estaduais e municipais de Saúde. Através dessas parcerias, obteve-se 11 Materiais Certificados de Referências (MCR) de fármacos e 6 comprimidos verificados para tais estudos.
Assim, com os resultados desse trabalho, evidenciou-se a potencialidade de técnicas de RMN e RMNq e que devem ser consideradas adequadas a Farmacopeia Brasileira para análises de produtos, pois o uso de metodologia baseada em RMN pode contribuir significativamente para a melhora da qualidade desses fármacos e na rapidez dos resultados. Já que o uso de RMN permite uma ampla automação do processo incluído a geração de relatório final.
Thais Mendonca Barbosa
Olá Jochen,
Primeiramente parabéns pelo trabalho!
Gostaria de saber como foram extraídos os componentes orgânicos dos comprimidos! Quantos comprimidos foram utilizados na amostragem? Qual solvente foi usado? Por que a cafeína foi usada como um "padrão" e não uma referência certificada?
Obrigada!
Gerlon de Almeida Ribeiro Oliveira
Olá Jochen. Parabéns pelo trabalho. Minha dúvida sobre a quantificação sem padrão é a seguinte: para calibrar o equipamento e saber qual é a magnitude da resposta em relação à quantidade de matéria dentro do tubo, você precisará usar um padrão. Assim, você sempre terá que usar tubos idênticos a esse (mesmo fabricante e lote) para garantir a exatidão do método? Além disso, o drift do campo magnético do equipamento também não implicaria em um drift nesta resposta, de modo a alterar a quantificação, ainda que em uma magnitude baixa? A sonda também deve ter um drift em sua resposta, durante a vida útil, correto? Desta forma, vocês pensam em fazer calibrações esporádicas? Obrigado pela atenção.
Jochen Junker
Olá Gerlon!
Vou por partes:
Sim, no momento assumimos que a calibração do equipamento terá que ser verificada regularmente usando um padrão (qualquer). Também, acreditamos que ao trocar parâmetros como o comprimento de pulso isto será necessário. Mas, nos últimos anos, a Bruker tem lançado sistemas cada vez mais estáveis, como o food analyzer e outros, onde mesmo a troce de uma peça do equipamento (conserto) praticamente não altera os sinais. Com esta verificação, o drift pode ser compensado também.
Por outro lado, por enquanto ainda não conhecemos a magnitude destes efeitos. Como normalizamos pelo RG e NS, temos um fator > 1000 entre a intensidade observada e o fator do equipamento. Isto pode aliviar esta questão um pouco, porque a variação da intensidade do sinal tem que ser muito grande para influenciar de forma significativa o resultado. Em geral as variações aceitas nas farmacopeias são 10% e mais, o que é muito.
Em relação aos tubos, sabemos que no momento que usamos tubos de qualidade normal (não os mais baratos que tem), a variação real dos tubos é bem menos de 10%, mesmo entre diferentes lotes. Isto estamos vendo nos nossos experimentos, onde usamos tubos de diferentes lotes adquiridos em diferentes anos. Os problemas observados na exatidão eram porque os rotores são sensíveis a solventes orgânicos, mas a gente não tinha notado isto antes. Então, quando usamos um rotor ruim, o espectro sai errado. É possível verificar visualmente que algo "deu errado".
Abraços, Jochen
Marília Vilela Salvador
Bom dia Johen, parabéns pelo trabalho. Na sua apresentação oral você mencionou o software de metabolômica que vocês pretendem usar, qual é?Também fiquei curiosa com a análise de qNMR eliminando a referência, já possui algum resultado?
Jochen Junker
Bom dia Marília!
Obrigado pelo seu interesse.
Até agora testamos pacotes de metabolômica baseados em R, por exemplo BATMAN. Sempre usamos os nossos próprios espectros de referência, pois os espectros que vem nos pacotes não contém os fármacos que temos. Em geral até que funciona, mas a grande maioria dos pacotes não é mais mantidos ativamente, o que pode gerar problemas futuros. Além disto, os pacotes em geral visam a interação visual com o usuário e para acessar os dados de integração teríamos que modificar o código fonte. Isto requer conhecimento de R que não temos. Assim, estamos concentrando nossos esforços agora no módulo de metabolômica do CCPN. Por ser um esforço de alguns anos já com um grupo bastante ativo por trás e o chefe do CCPN mostrou interesse em ajudar a gente com os nossos objetivos, vamos nesta direção. Mas, ainda não temos resultados, pois esta mudança de estratégia é recente.
Em relação ao qNMR sem referência, eu mostrei resultados obtidos com padrão na palestra. Já aplicamos o método em paralelo ao método de padrão interno aos espectros de fármacos que temos, e funcionou, mas estes resultados foram consolidados apenas pouco antes do congresso. Se você viu o Bruker users meeting, a Amy normalmente mostra o uso de padrão externo para a calibração do equipamento. Mas, isto vale apenas para setup idêntico de experimentos. O nosso trabalho mostra que você pode variar RG e NS sem problemas.
Abraços, Jochen
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Jochen Junker
Oi Thais!
Os componentes não foram extraídos dos comprimidos. O comprimido foi macerado e pegamos um equivalente dele e dissolvemos tudo em DMSO. Nós vemos toda a composição do comprimido no RMN, mas ainda não temos material padrão para todos os componentes para fazer uma identificação. Isto está previsto.
Para a análise estatística do método usamos o material padrão USP, para a quantificação de comprimidos usamos 3 amostras baseadas em 3 comprimidos.
Usamos cafeína por duas razões. 1o: sinais simples em duas regiões bem destintas; 2o: solúvel em todos os solventes testados. Fizemos inúmeros experimentos repetidos em 4 solventes diferentes: DMSO, Metanol, Acetona e D2O. Cafeína se dissolve bem o suficiente em todos eles com sinais bem destintos, diferente de outros materiais de referência. E agora no final só precisamos usar uma referência certificada para acertar tudo.
Ainda tem um adicional, que está na minha apresentação e não no pôster. Na verdade queremos métodos sem padrão, usando a intensidade absoluta do sinal. Considerando isto, o padrão que estamos usando no momento se torna irrelevante.
Abs, JJ