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IDENTIFICAÇÃO DE BIOMARCADORES RELACIONADOS A COR DO TEGUMENTO E A RESISTÊNCIA À FOP EM FEIJOEIRO COMUM ATRAVÉS DA TÉCNICA DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR
Marília Vilela Salvador
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
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Crie um tópicoO feijoeiro-comum (Phaseolus vulgaris L.) é cultivado em várias regiões brasileiras e é acometido por várias doenças, como a murcha-de-fusarium, causada pelo fungo
habitante de solo Fusarium oxysporum f. sp. phaseoli (Fop), ocasionando perdas
significativas na cultura 1 . Observações dos melhoristas de feijoeiro comum têm
sugerido que os genótipos que apresentam coloração mais escura após um tempo de prateleira (escurecimento acelerado) ou coloração mais escura inicial, são mais
resistentes ao Fop. Embora haja vários programas de melhoramento genético do
feijoeiro comum, a relação entre os processos bioquímicos e o perfil metabólico
envolvidos no escurecimento e na resistência ao Fop do feijão carioca permanecem
insuficientemente exploradas. A Ressonância Magnética Nuclear de alta resolução de 1H (RMN de 1H), aliada a métodos quimiométricos, é uma ferramenta muito utilizada para estudar perfis metabólicos 2 . Este estudo objetivou usar RMN 1 H para obter possíveis marcadores bioquímicos que possam relacionar o escurecimento com a resistência ao Fop. As amostras de grãos moídos das cultivares ‘IAC Alvorada’, ‘TAA Dama’, ‘BRS Estilo’ e ‘BRS Pérola’ nos tempos zero, 30, 60 e 90 dias de escurecimento foram fornecidos pelo Instituto Agronômico (IAC, Campinas). Os espectros de RMN de 1 H foram coletados após otimização das condições experimentais visando melhor aquisição dos dados. As análises estatísticas, como a Análise de Componentes Principais (PCA), foram realizadas por meio do programa PLS_Toolbox ® versão 8.1. A análise dos sinais presentes no espectro de RMN 1D e 2D do extrato aquoso do grão permitiu identificar 27 compostos orgânicos. No gráfico de pesos obtidos pela PCA, foi possível inferir diferenças nas regiões espectrais de açúcares e aminoácidos. Constatou-se, então, uma tendência de discriminação entre os genótipos de maior resistência ao Fop, de coloração escura, e os genótipos suscetíveis ao Fop, de coloração clara.
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