ESTIMATIVA DE INGESTÃO DE ADITIVOS POR ESCOLARES DE 6 A 11 ANOS DA CIDADE DE CAMPINAS-SP

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Detalhes
  • Tipo de apresentação: Oral
  • Eixo temático: Análise Sensorial e Pesquisas com o Consumidor
  • Palavras chaves: aditivos alimentares; Análise de Consumo; escolares;
  • 1 Pontifícia Universidade Católica de Campinas
  • 2 Universidade Estadual de Campinas

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Resumo

Introdução: A exposição de crianças a aditivos alimentares desperta grande preocupação há algumas décadas, desde que estudos mostraram uma correlação entre a ingestão de corantes artificiais e alterações de comportamento, como hiperatividade. Objetivo: Realizar uma análise abrangente e inédita no país sobre a ingestão de aditivos através do consumo de alimentos e bebidas por 52 crianças de 6 a 11 anos, pertencentes a uma escola pública e outra particular do município de Campinas-SP. Metodologia: Através da aplicação de Registros Alimentares, em dois dias não consecutivos, fez-se um levantamento do consumo de alimentos, sendo que os que continham aditivos foram selecionados e agrupados em 43 categorias de produtos. Através de consulta à lista de ingredientes declarada no rótulo de 1774 produtos relacionados às categorias definidas, foram identificados 67 aditivos com Ingestão Diária Aceitável (IDA) numérica, selecionados para o estudo. Para o cálculo de ingestão, foi considerado o valor médio de consumo dos alimentos por criança e a concentração máxima permitida dos aditivos pela legislação. Calculou-se a ingestão diária estimada de cada substância, expressa em mg/kg de peso corpóreo (pc)/dia, para cada criança empregando-se modelo determinístico. Resultados: Considerando a ingestão média estimada, nenhum dos valores ultrapassou a IDA dos respectivos aditivos. Quanto aos altos consumidores (percentil 95 de ingestão), pôde-se constatar que benzoatos, nitritos, amaranto, cúrcuma, riboflavina, ciclamato de sódio, PGPR, estearoil lactilatos, ésteres graxos de sacarose e fosfato ácido de sódio e alumínio apresentaram valores de ingestão acima das respectivas IDAs. Conclusão: A ingestão da maior parte dos aditivos pela população estudada pode ser considerada segura. Um futuro refinamento dos cálculos deverá ser realizado para os aditivos que tiveram sua IDA ultrapassada nos altos consumidores, utilizando concentrações de uso das substâncias ao invés de limites máximos permitidos.

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Autor

Ana Beatriz Costa Losi

Olá Lia! Apesar deste estudo se tratar de um estudo conservador, foi possível constatar que a média de ingestão dos aditivos analisados não ultrapassou os valores de IDA respectivos, os altos consumidores (percentil 95 de ingestão) apresentaram valores acima para diversos aditivos, como os listados acima. Cremos que por isso, novos estudos acerca do assunto com uma população maior são necessários, para então estimular ações de gerenciamento de risco quanto ao uso inadequado de aditivos com base nas informações declaradas nos rótulos dos produtos, auxiliando assim a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) no processo de reavaliação de segurança de uso de aditivos.