CAROÇO DE AÇAÍ (Euterpe oleracea): CARACTERIZAÇÃO DA BIOMASSA E DO LICOR APÓS O PRÉ-TRATAMENTO PARA APLICAÇÃO COMO SUBSTRATO FERMENTESCÍVEL

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Detalhes
  • Tipo de apresentação: Oral
  • Eixo temático: Métodos Analíticos Aplicados em Alimentos
  • Palavras chaves: Resíduo agroindustrial; fruta amazônica; Fermentação;
  • 1 UFPA, Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos (PPGCTA), Instituto de Tecnologia (ITEC), 66075-110, Belém, Pará, Brasil
  • 2 UFPA, Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA), Instituto de Tecnologia (ITEC), 66075-110, Belém, Pará, Brasil
  • 3 UFRA, Instituto de Saúde e Produção Animal (ISPA), 66077-830, Belem, Pará, Brazil
  • 4 Universidade Federal do Pará (UFPA) / Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos / Faculdade de Engenharia de Alimentos

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Resumo

Introdução: O caroço de açaí (Euterpe oleracea Mart.) é um resíduo agroindustrial abundante na região Amazônica que apresenta elevado potencial para o aproveitamento em processos biotecnológicos; no entanto, pouco explorado cientificamente. Objetivo: Caracterizar a biomassa de caroço de açaí e o licor obtido após o pré-tratamento da biomassa para aplicação como substrato em processos fermentativos. Metodologia: A biomassa seca foi obtida após a sanitização, secagem (65 °C/48 h, umidade < 10%) e trituração dos caroços de açaí (biomassa retida em peneira de 60 mesh). A biomassa foi caracterizada quanto à composição centesimal, pH, acidez total, teores de extrativos, carboidratos estruturais (celulose e hemicelulose) e lignina total. A biomassa seca (25%, m/v) foi submetida à hidrólise ácida utilizando 3,5% H2SO4 diluído (m/v) durante 70 min a 121 °C em autoclave. O licor obtido após o pré-tratamento foi caracterizado quanto aos teores de açúcares (xilose, arabinose, glicose, celobiose) e de inibidores (hidroximetilfurfural, furfural e ácido acético). Resultados: A biomassa seca apresentou baixo teor de umidade (5,5%), proteínas (4,6%), lipídeos (1,9%), cinzas (1,52%), elevados teores de carboidratos totais (86,4%), pH igual a 5,7 e acidez total de 2,79 meq NaOH/100 g. Além disso, a biomassa seca de caroço de açaí exibiu baixos teores de celulose (3,61%) e lignina total (11,6%), 14% de extrativos e elevados teores de hemicelulose (58,6%), o que impossibilita a sua aplicação direta como substrato em processos fermentativos. Com a aplicação do pré-tratamento ácido, o licor obtido apresentou 55,08 g/L de açúcares, sendo a maior concentração desses açúcares compostos por xilose (50,93 g/L), seguida de arabinose (1,92 g/L), glicose (1,30 g/L) e celobiose (0,93 g/L). Com relação aos inibidores, após a aplicação da hidrólise ácida, o licor apresentou teor de hidroximetilfurfural de 238,3 mg/L, teor de furfural de 8,8 mg/L e 1,76 g/L de ácido acético. Conclusão: Considerando que os micro-organismos de interesse industrial são capazes de metabolizar a xilose, além da glicose, e os teores de inibidores foram inferiores aos indicados pela literatura como capazes de inibir o crescimento microbiano, concluímos que o caroço de açaí possui elevado potencial de utilização como substrato de baixo custo em processos biotecnológicos.

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Autor

Renan Campos Chisté

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