Heurística de alocação de especialidades em blocos cirúrgicos hospitalares para redução da variabilidade da demanda por leitos pós-operatórios

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Detalhes
  • Tipo de apresentação: Trabalho completo (oral)
  • Eixo temático: 17. SA – PO na Área de Saúde
  • Palavras chaves: Bloco cirúrgico; Alocação de especialidades; programação inteira;
  • 1 Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • 2 Universidade Federal de Santa Catarina

Heurística de alocação de especialidades em blocos cirúrgicos hospitalares para redução da variabilidade da demanda por leitos pós-operatórios

Rafael Calegari

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Resumo

Picos na demanda por leitos hospitalares levam a interrupções no fornecimento de cuidados de saúde, afetando negativamente a satisfação dos pacientes e das equipes médicas. As duas principais fontes de demanda por leitos são os pacientes oriundos das emergências e dos blocos cirúrgicos. Enquanto a primeira demanda é aleatória por natureza, a segunda pode ser gerenciada através da alocação adequada de especialidades cirúrgicas nas salas de cirurgias durante a semana. Neste artigo, propõe-se uma heurística para determinar a melhor matriz de alocações das especialidades nas salas de cirurgias, tal que a variabilidade da demanda por leitos pós-cirúrgicos seja minimizada. Para isso, usa-se uma heurística baseada em programação inteira. A heurística proposta foi testada no bloco cirúrgico de um hospital universitário de grande porte, localizado no Rio Grande do sul. Foi possível reduzir a variabilidade da demanda por leitos em 90%, suavizando o fluxo de pacientes pós-cirúrgicos para outros setores do hospital.

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Autor

Rafael Calegari

Olá Simone,

Obrigado pelos elogios e pela pergunta.

Quando elaboramos o modelo, nós testamos alguns métodos de determinação da solução exata, mas o número de combinações possíveis é absurdamente alto. Como nós queríamos um modelo que realmente fosse utilizado na prática, uma das premissas era que o tempo de processamento fosse aceitável para a utilização frequente da heurística. Como alguns blocos cirúrgicos são significativamente maiores do que o nosso, uma etapa da heurística (como a do bin-packing, por exemplo) já pode facilmente se tornar NP-hard. Outro ponto importante é que as estruturas dos blocos cirúrgicos estão em constante mudança e muitas vezes precisamos que o Timetable seja reconstruído de um dia para o outro. Por essas razões, no nosso caso, a busca pela solução exata não é fundamental.

Quanto a repercussão com os gestores, ela está sendo bem positiva. Esse artigo faz parte de um grande projeto da Engenharia de Produção da UFRGS com o Hospital de Clínicas, que já desenvolveu estudos em diversas áreas do hospital. No projeto, já foram desenvolvidas e implementadas ferramentas que contribuíram bastante na gestão do hospital. E os relatos das equipes são bem positivos. Segue um artigo com um exemplo de uma implementação:

https://bmchealthservres.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12913-020-05555-1

 

Obrigado

Rafael

Simone de Lima Martins

Valeu Rafael!
Muito bom o trabalho!

Parabéns!

 

Abraços,

Simone