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FEMINISMO COMO MERCADORIA: ANÁLISE DO AUDIOVISUAL DREAM CRAZIER, DA NIKE
Giulia Schmitz
Feevale
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Create a topicNos últimos anos, as marcas souberam transformar o movimento feminista em um motor para a comercialização de produtos (KLEIN, 2002). Estamos cercados de produtos que carregam consigo a utilização de termos como "The future is female" (CRISS, 2019) e outros slogans feministas, que buscam "empoderar" mulheres na luta pela igualdade de gênero. Muitas marcas adequaram suas narrativas e criaram campanhas de comunicação utilizando pautas do feminismo, como o empoderamento das mulheres e a quebra dos padrões de gênero. A Nike, marca estadunidense de artigos esportivos, passou a incorporar noções feministas na sua retórica empresarial em meados dos anos 90, introduzindo citações de mulheres como "acho que 'babe' é um palavrão" e "acho que saltos altos são uma conspiração contra as mulheres" (KLEIN, 2002, p. 90). Ao mesmo tempo, muitas empresas multinacionais do setor de vestuário possuem denúncias significativas relacionadas ao trabalho escravo e, como é o caso da própria Nike, responsável pela produção do audiovisual Dream Crazier , objeto de estudo desta investigação, que apresenta resultados de monografia concluída em 2019. De acordo com Enloe (2014), entre outras grandes corporações, a Nike foi uma das pioneiras no processo de extinguir suas fábricas nos Estados Unidos e sublocar centros produtivos no exterior. Este trabalho busca responder o seguinte questionamento: de que forma a Nike se apropria das reflexões feministas no audiovisual Dream Crazier ? O objetivo geral do trabalho, que possui caráter exploratório e descritivo, consiste em compreender como a Nike se apropria das reflexões feministas em seu audiovisual Dream Crazier . Em relação aos objetivos específicos, temos: 1) Refletir sobre os conteúdos ofertados no audiovisual Dream Crazier ; 2) Estabelecer a relação do modelo de produção da Nike com a sua retórica, no que tange a exploração do trabalho feminino. Para alcançar os objetivos estabelecidos, foi utilizada a pesquisa bibliográfica e documental, bem como a técnica de análise de imagens em movimento (ROSE, 2002)
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