#AoIR 2nd Flashpoint Symposium 2020

Rio de Janeiro, outubro de 2015: Uma página falsa no Facebook, criada com o mesmo nome da página do Coletivo Maré Vive, publica fotos de supostos varejistas de drogas da Maré para denunciá-los. Com isso, os ativistas da verdadeira página Maré Vive viram-se em uma situação de risco de vida, recebendo ameaças de membros do tráfico e de forças policiais ao mesmo tempo. A Maré Vive original havia sido criada um ano antes, com um propósito distinto: documentar a ocupação militar que ocorreu na Maré em 2014, adotando a perspectiva dos moradores de favela. Em apenas alguns dias, a página cresceu e obteve grande alcance e visibilidade entre moradores da favela e do asfalto. Com a rápida visibilidade, veio também um sério momento de crise e uma importante questão: se a visibilidade representa algo tão almejado por ativistas incomodados com a pouca atenção e representatividade dedicada a eles pela mídia corporativa, o que acontece quando conseguem alcançá-la? E quais são as consequências de tal visibilidade midiática?