PRODUÇÃO DE SUBSTITUTOS DE GORDURAS TRANS INDUSTRIAIS COM ÓLEO DE BACABÁ E SUAS MISTURAS COM GORDURAS AMAZÔNICAS

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Detalhes
  • Tipo de apresentação: Trabalho
  • Eixo temático: TECNOLÓGICAS
  • Palavras chaves: Equilíbrio de fases; Cristalização; Gorduras Trans;
  • 1 Unicamp
  • 2 Universidade Estadual de Campinas

PRODUÇÃO DE SUBSTITUTOS DE GORDURAS TRANS INDUSTRIAIS COM ÓLEO DE BACABÁ E SUAS MISTURAS COM GORDURAS AMAZÔNICAS

Melina Hohne

UNICAMP

Resumo

A Resolução ANVISA 332/2019 estabeleceu o banimento das Gorduras Trans Industriais até 2023. Por isso a indústria de alimentos já tem usado e buscado alternativas a essas gorduras como a interesterificação. Possibilidades mais sustentáveis são o fracionamento e a produção de blends. Nesse contexto, a região Amazônica contém espécies oleaginosas cujos óleos e gorduras poderiam ser utilizadas neste sentido. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento de fusão e cristalização do óleo de Bacaba em misturas com gorduras amazônicas e o seu fracionamento para a formulação de gorduras com propriedades similares às gorduras trans. Os resultados mostram que no óleo de Bacaba há frações bem definidas: algumas das frações obtidas possuem perfil com diminuição gradual da % de sólidos similar a das gorduras trans. Os blends ampliaram a % de sólidos do óleo de Bacaba e em determinados casos há perfis similares às gorduras trans sendo possível estudá-las em substituição a essas gorduras. Ampliar o conhecimento das propriedades desses óleos promove a manutenção da biodiversidade, ampliando alternativas mais naturais na formulação de produtos alimentícios mais saudáveis.

Apoio/Financiamento da Pesquisa: PIBIC/CNPq

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Autor

Melina Hohne

Muito obrigada, Felipe!

Em relação ao uso de óleos amazônicos em embutidos cárneos, torna-se difícil, uma vez que um óleo desestabiliza a emulsão cárnea. De fato, em embutidos é usado sebo. Nesse quesito, faz-se interessante a análise talvez de um blend de Bacaba + alguma outra gordura amazônica com um perfil de fusão mais resistente à altas temperaturas, para que resultássemos em um produto muito similar ao sebo. O Bacaba possui um perfil de fusão extremamente baixo, assim, sua aplicação é mais ideal para margarinas, sorvetes, recheios para bolachas e ademais.

Quanto à logística do óleo de Bacaba, seria a mesma ou similar a de um açaí, por exemplo, visto que a Bacaba também é uma palmeira. Porém, o estabelecimento de produção do óleo seria mais ideal que fosse instalado em território nativo do fruto (assim como o açaí), para que obtivéssemos as melhores condições de desenvolvimento do fruto. 

Novamente, obrigada pelos questionamentos! Sempre agregam muito ao nosso trabalho!

Autor

Melina Hohne

Olá, Isabela!

Muito obrigada!

Em termos de sustentabilidade, a interesterificação faz uso de recursos fósseis, como ácidos e bases orgânicas ou metóxido de sódio (MeONa) como catalisador, que ampliam a contribuição do processo nas emissões de gases de efeito estufa. A acetona, ainda cabe a opção de reaproveitá-la ou recuperá-la, através da condensação do gás evaporado. O impacto é menor quando comparado aos catalisadores citados, que possuem recuperação muito difíceis e trabalhosas. Obrigada pelo questionamento!

ISABELA CARDOSO FERREIRA

Muito obrigada pela resposta!