Estudo do equilíbrio líquido-líquido envolvendo glicerol + anisol ou gama-valerolactona a diferentes temperaturas

Favoritar este trabalho
Como citar esse trabalho?
Detalhes
  • Tipo de apresentação: Trabalho
  • Eixo temático: TECNOLÓGICAS
  • Palavras chaves: equilíbrio líquido-líquido; seleção de solventes; glicerol;
  • 1 Unicamp

Estudo do equilíbrio líquido-líquido envolvendo glicerol + anisol ou gama-valerolactona a diferentes temperaturas

LUIS AUGUSTO FERNANDEZ VENTIN

UNICAMP

Resumo

Glicerol é uma molécula de suma importância para a química verde, pois sua estrutura singular lhe permite aplicações em diversos contexto da indústria da oleoquímica. Em paralelo a isso, tem-se a produção de biodiesel cuja produção é centrada na reação de transesterificação que naturalmente gera como subproduto glicerina, uma mistura majoritariamente composta por glicerol e outras impurezas provindas do processo. Aplicações industriais de glicerina são limitadas a alto grau de pureza, implicando que a corrente residual da indústria de biodiesel deve passar por etapas de purificação antes que se possa dar alguma finalidade. Nesse sentido, o presente trabalho, investiga o equilíbrio líquido-líquido envolvendo o binário glicerol anidro + GVL e o (pseudo)binário glicerol 50% (mol/mol) água + GVL. A molécula da GVL (gama-valerolactona) é um representante das lacotonas, grupo de ésteres cíclicos. O infixo valero indica a presença de cinco carbonos na estrutura molecular e o prefixo gama significa que se trata de 5 membros no anel. É um solvente verde originado de biomassa lignocelulósica não-tóxico. A análise revelou que o binário glicerol + GVL se mostrou mais sensível ao aumento de temperatura do que os outros sistemas vistos na literatura.

Apoio/Financiamento da Pesquisa: PIBITI/CNPq

Questões (1 tópico)

Compartilhe suas ideias ou dúvidas com os autores!

Sabia que o maior estímulo no desenvolvimento científico e cultural é a curiosidade? Deixe seus questionamentos ou sugestões para o autor!

Faça login para interagir

Tem uma dúvida ou sugestão? Compartilhe seu feedback com os autores!

Autor

LUIS AUGUSTO FERNANDEZ VENTIN

Olá Bárbara,

sobre a primeira pergunta, perdoe se interpretei errado, a ideia de aplicar extração líquido-líquido seria para remover o material orgânico não glicerol (MONG) de corrente de glicerina bruta ( que sai to produção de biodiesel após etapas de pré-tratamento). Esses componentes se apresentam em torno de 1-4% em massa na mistura. O trabalho foca somente nas interações envolvendo diluente (glicerol ou glicerol+ água) e solvente (GVL), sendo que a avaliação de uma operação de extração ficaria para trabalhos futuros.

 

sobre a segunda pergunta, os dados foram obtidos pelo mestrando e eu fiz as conversões necessárias para elaborar os gráficos. Conforme mencionado, os eixos estão omitidos justamente por que os dados não foram publicados ainda.

 

Respondendo a terceira pergunta, Inicialmente a ideia do projeto era minha participação em laboratório para realizar a coleta de dados o que infelizmente não foi possível por conta da pandemia. Achávamos que talvez em algum momento seria possível, dado o devido cuidado, usar o laboratório mas se tornou impraticável frente ao agravamento da crise no início do ano. 
Em função disso, a solução proposta pela Profa. Roberta foi lidar com o projeto dessa forma para ao menos ter contato com tratamento de dados, mas realizar uma revisão bibliográfica seria uma alternativa viável também.

Muito obrigado pela interesse!

 

Bárbara Luiza Silva Santiago

Obrigada pela atenção Luis Augusto! Tenho só mais algumas dúvidas: 

(1) Não entendi como a alteração "avaliação do sistema glicerol+anisol", para "avaliação de efeito da água", favoreceu a execução do trabalho pela impossibilidade de acesso ao laboratório. Você pode explicar melhor, por favor - já que essa é a justificativa da mudança. (2) Você disse na conclusão que "o GVL se mostrou mais miscível com o glicerol", mas não dise se isso é benéfico ou é um problema para o processo desejado. Pode discorrer mais sobre isso? 

Autor

LUIS AUGUSTO FERNANDEZ VENTIN

Sem problemas.

 

(1) Não que exatamente tenha favorecido o trabalho, simplesmente deixamos de trabalhar com anisol por conta de dificuldades e assim não coletou-se dados do sistema glicerol+anisol. Então, sem a possibilidade de trabalhar com anisol, avaliou-se o sistema com a presença d'água uma inclusão simples que, creio eu, agregou ao trabalho.

 

(2) Olhando somente a questão da miscibilidade, o ideal seria um solvente menos miscível pois em processos de extração busca-se sua regeneração para reuso. Logo quanto maior a miscibilidade entre os componentes, maior a quantidade de material a ser regenerado o que pode implicar mais custos energéticos e com equipamentos. Mas, sobre esse mesmo ponto, deve-se avaliar também o qual fácil se pode regenerar o solvente, logo nada muito conclusivo pode ser tirado observando somente esse fator. Existem outros fatores importantes a serem levados na escolha de solventes que fogem o escopo do trabalho, e assim não é possível realizar uma análise conclusiva se GVL  é um solvente viável.

No trabalho comparou-se a diferença entre sistema GVL+glicerol com sistemas [éster]+glicerol, por conta da similaridade de suas estruturas visto que GVL é um éster cíclico. Com isso, tem-se a conclusão de que, dentro das condições de temperatura estudada, a GVL é mais miscível com glicerol que essas moléculas aparentemente similares.