Anais da Jornada Brasileira de Ressonância Magnética
XVII Jornada Brasileira de Ressonância Magnética/Minicursos em RMN

Um dos primeiros modelos teóricos da relaxação explorou a transição de probabilidade por unidade de tempo entre dois estados. Nesta teoria vários sistemas de spins nucleares foram considerados, tais como sistemas de spins isolados, sistemas de spins acoplados, spins nucleares acoplados com elétrons. As principais interações consideradas foram as escalares, dipolares e quadrupolares.
Entretanto, há outra abordagem que permite descrever o procedimento teórico da
relaxação, a qual é por meio da Teoria de Redfield. A generalidade desta teoria é
destacada porque se utiliza de conceitos da Mecânica Quântica através do formalismo da matriz densidade. Além disso, considera-se a taxa de troca dos elementos fora da diagonal da matriz densidade. Estes elementos dependem das densidades espectrais, as quais fornecem as informações dos tempos de relaxação longitudinal e transversal. Dessa forma, neste trabalho, aplicou-se a Teoria de Redfield, onde soluções analíticas (para coerência de ordem 7,..,2) e numéricas (para coerência de ordem 1 e 0) para todos os elementos da matriz densidade foram encontradas para um sistema de spin 7/2 isolado. O resultado teórico permite que qualquer sistema de spins 7/2 isolado seja descrito pelo modelo deste trabalho. Além disso, as densidades espectrais, parâmetros físicos que permitem identificar os tipos de movimento que ocorrem em uma molécula, podem ser inferidas. Através de dois experimentos de Relaxação Magnética Nuclear, spin-eco e inversão-recuperação, usando um cristal líquido liotrópico de Cs-PFO, a dinâmica da magnetização transversal e longitudinal foi medida. Ambas as implementações foram realizadas em um Espectrômetro de RMN equipado com um Console da Empresa Tecmag, modelo Discovery, uma sonda da Empresa Jakobsen e um Magneto Supercondutor da Empresa Jastec, com campo magnético de 9,4 Teslas, localizado no Laboratório de Espectroscopia de Alta Resolução (LEAR) do Instituto de Física de São Carlos – Universidade de São Paulo.
Portanto, por meio dessas dinâmicas, puderam-se determinar os valores das
densidades espectrais, permitindo assim, que as soluções teóricas fossem testadas.