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O botulismo é uma doença que ataca o sistema nervoso central do animal, que pode levar à morte se não tratada e está associada à ação de uma toxina pré-formada e produzida por uma bactéria, C. botulinum, gram-positiva pertencente à família Bacillaceae. Suas células tem a forma de bacilos e são móveis por flagelos perítricos, formam esporos e neurotoxinas que são responsáveis pela doença. Pode está presente em solos contaminados, alimentos mal armazenados, água contaminada, descarte inadequado de lixo nas propriedades e, principalmente, em carcaças de animais mortos. A doença em bovinos está normalmente associada à deficiência de fósforo nas pastagens e inadequada suplementação proteica e mineral, determinando um quadro de depravação do apetite, com osteofagia, além do consumo de pastagem contaminada. Não existem drogas antagonistas efetivas que possam neutralizar o efeito neuroparalítico causado pela toxina botulínica. Ao estabelecer o quadro clínico, a antitoxina não é mais capaz de neutralizar a toxina, DÖBEREINER et al., (2004). O diagnóstico do botulismo tem como base o histórico e quadro clínico-patológico. Dentre as medidas de controle e profilaxia estão a mineralização do rebanho, eliminação de fontes de intoxicação, impedir que os animais ingiram água contaminada, vacinar anualmente após o desmame e verificar o armazenamento da alimentação fornecida. Esta revisão literária teve como objetivo descrever e caracterizar, sucintamente, o agente etiológico Clostridium botulinum, assim como, a sintomatologia, tratamento, controle e diagnóstico de botulismo em bovinos com descrição de surtos.