Análise Hipotética de Crenças a partir da fala de um Adolescente em Conflito com a Lei.

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Detalhes
  • Tipo de apresentação: Painel
  • Eixo temático: Foco em instituições
  • Palavras chaves: adolescente em conflito com a lei; terapia cognitivo-comportamental; conceitualização cognitiva;
  • 1 UNIVERSIDADE POSITIVO

Análise Hipotética de Crenças a partir da fala de um Adolescente em Conflito com a Lei.

William Bandeira Pedroso

UNIVERSIDADE POSITIVO

Resumo

Na adolescência há mudanças biológicas, cognitivas, emocionais e sociais, as quais influenciam o sistema de crenças proposto por Aaron Beck. A construção de identidade é um fenômeno importante nesta fase, tendo a atenção à perspectiva do outro como uma das fontes para tal. Influenciado por fatores de risco, o adolescente pode associar-se a pares disruptivos que o aceitem, ocorrendo aprendizado de comportamentos desviantes e ruptura com a família. Uma das possíveis consequências desta situação é o envolvimento com atos infracionais, cuja responsabilização está prevista no ECA através de medidas socioeducativas. A Psicologia deve atuar contribuindo significativamente para a proposta pedagógica e socioeducativa da medida, não se restringindo à elaboração de relatórios sobre os adolescentes. A Terapia Cognitivo-Comportamental tem como um princípio fundamental a necessidade de basear suas intervenções em evidências. Embora tenha sido usada em variadas demandas, ainda há uma lacuna na literatura científica desta abordagem em relação à Socioeducação. Este relato pretende, então, levantar hipóteses de crenças nucleares, pressupostos condicionais e estratégias compensatórias de enfrentamento de um adolescente em cumprimento de medida socioeducativa. Para isso, realizou-se uma análise de sua fala em uma intervenção em grupo do estágio curricular obrigatório de Psicologia Social, em 2017, com base nas categorias de Crenças Nucleares e na proposta de Conceitualização Cognitiva de Judith Beck. No discurso em questão, relacionando com dados de negligência parental na infância, foi possível identificar: crenças de desamparo e desamor; pressupostos condicionais para aceitação social, criação da filha e conquistas de bens materiais; e estratégias compensatórias como obtenção de status no grupo, consumo de produtos de marca, criação da filha independente da origem dos recursos e envolvimento com atos infracionais. Diante disso, é possível verificar uma visão do adolescente sobre si e sobre os outros, e a provável relação com o comportamento delinquente. A reestruturação cognitiva tem papel fundamental para que os indivíduos possam desenvolver crenças e estratégias saudáveis e funcionais. Técnicas como o questionamento socrático e o treinamento de resolução de problemas tem efeitos significativos nesta demanda. Porém, não há um protocolo empiricamente validado com resultados promissores no que diz respeito ao envolvimento com atos infracionais, evidenciando uma lacuna a ser preenchida.

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William Bandeira Pedroso

Muito obrigado, Amanda! Que bom que gostou. Se quiser saber um pouco mais sobre minha análise e minhas ideias sobre esse tema, fique a vontade para perguntar por aqui ou entrar em contato comigo.

Autor

William Bandeira Pedroso

Muito obrigado, Alessandra! Que bom que gostou das análises e que a apresentação ficou clara e coerente. Como era pouco tempo, tive que correr com cada parte, fiquei preocupado em alguma coisa ficar muito atropelada ou desconexa. Se tiver alguma dúvida, questionamento ou quiser saber mais detalhes da minha análise ou das minhas ideias sobre esse tema, estou a disposição!

Autor

William Bandeira Pedroso

Boa noite Antônio! Muito obrigado pelo feedback!

 

Fico feliz que você tenha tido essa percepção do meu trabalho. Realmente o que eu estou buscando é uma mudança ou aprimoramento das práticas. Ainda não tenho experiência no sistema socioeducativo, no que diz respeito a acompanhar o adolescente ao longo da medida, nos atendimentos individuais e na elaboração do relatório. Meu contato foi mais com os adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas, através deste estágio em Psicologia Social e posteriormente no projeto de extensão. Mas através deste projeto conheci tanto profissionais muito dedicados e preocupados com esse caráter socioeducativo, quanto com profissionais com postura moralista e punitiva.

 

É isto que me motiva: trazer um caráter mais científico para a intervenção com essa população, através das abordagens cognitivas e comportamentais. Assim será possível aumentar a abrangência das TCCs e mostrar a sociedade que a mera punição não recupera nenhum "criminoso", mas sim uma atuação mais profunda e científica com o indivíduo.

Antônio Gabriel Araújo Pimentel De Medeiros

Perfeito!

Forte abraço!

Autor

William Bandeira Pedroso

Muito obrigado pelo feedback, Isabela! Fico feliz que tenha tido esta impressão da minha apresentação.

 

Realmente é um campo que tenho visto poucas pesquisas e poucas evidências de intervenções específicas. Quero contribuir para isso, pois tive muito contato com os adolescentes e percebo a importância de novas intervenções para eles.

Autor

William Bandeira Pedroso

Muito obrigado pelo feedback, Isabela! Fico feliz que tenha tido esta impressão da minha apresentação.

 

Realmente é um campo que tenho visto poucas pesquisas e poucas evidências de intervenções específicas. Quero contribuir para isso, pois tive muito contato com os adolescentes e percebo a importância de novas intervenções para eles.

Autor

William Bandeira Pedroso

Muito obrigado! Quero muito mesmo contribuir de maneira significativa para a Socioeducação. Fico feliz que na sua percepção estou fazendo isso e que tenho possibilidade de fazer mais. Vamos junto neste grande desafio!