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Óleos vegetais são constituídos por misturas complexas de TAG e amplamente utilizados pela insdústria alimentícia, farmacêutica e de cosméticos, devido as suas propriedades e composição química. A autenticidade e finalidade de cada óleo dependem da manunteção da sua composição, uma vez que práticas de aulteração lesam não somente o consumidor, mas a finalidade do produto1. A fim de investigar a autenticidade em óleos vegetais comerciais sob a visão de diversas de técnicas espectroscópicas, investigamos o perfil químico (IV e RMN de 1H – análise quimiometrica) de 23 óleos vegetais comerciais proveniente de cinco matrizes de alto valor agregado: amêndoa-doce (Amygdalus communis L.), andiroba (Carapa guianensis Aubl.), babaçu (Orbignya speciosa), baru (Dipteryx alata Vog.) e rícino (Ricinus communis L.), além de realizar a análise regiosespecífica (RMN de 13C) para determinar a distribuição da posição dos grupos acil do glicerol2. O resultado das análises foi comparado aos óleos vegetais referência obtidos em laboratório por extração exaustiva (hexano) e prensagem3 sendo os óleos obtidos devidamente caracterizados por CG-DIC.
A análise regioespecífica destacou claramente a alteração ou manutenção das posições do TAG e conseguiu ressaltar fraudes com óleos insaturados e saturados em matrizes insaturadas e saturadas. Todavia, tal técnica não conseguiu evidenciar a degração dos óleos vegetais, nem elucidar uma possível origem do adulterante no óleo comercial. Já os dados obtidos por IV aliados a quimiometria evidenciaram adulterações com AGI (ácido graxo insaturado) em matrizes majoritariamente saturadas, essa técnica também evidenciou a degração do óleo comercial devido à presença da banda ácido graxo livre 1.718 cm-1 (AGL), porém o IV não destacou bandas vibracionais que indiquem adulterações utilizando óleos insaturados em matrizes insaturadas, nem a possível origem da adulteração. Já os dados de RMN de 1H indicaram a qualidade não declarada devido a presença indevida de ômega-3 (0,96 ppm) em diversas matrizes comerciais, e também ressaltaram através da quimiometria alterações da concentração do sinal dos hidrogênios metilênicos (1,30 e 1,26 ppm) que possuem relação direta com a composição da matriz estudada, porém essa técnica não evidenciou a degradação dos óleos comerciais de maneira clara e eficiente e nem a adulteração utilizando óleo insaturado (com ausência de ômega-3) em matriz insaturada.
A fusão das informações obtidas pelas técnicas espectroscópicas permitiu conhecer mais a fundo sobre a autencidade dos óleos vegetais comercializados, visto que cada técnica acessa informações específicas.
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