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Análise metabonômica da resposta de linhagens celulares de leucemia a quercetina utilizando RMN
Tássia Brena Barroso Carneiro da Costa
Instituto de Química / Universidade Estadual de Campinas
Agora você poderia compartilhar comigo suas dúvidas, observações e parabenizações
Crie um tópicoQuercetina (Q) induziu a morte de linhagens celulares de leucemia, revertendo as alterações epigenéticas presentes [1] e para compreender os mecanismos de sua ação, as células de leucemia das linhagens HL-60 e U-937 foram tratadas com Q e avaliadas aplicando a metabonômica por RMN. As células foram cultivadas e seis culturas de cada linhagem foram tratadas com 50 μmol/L de Q por 48 h. O quenching foi realizado com nitrogênio líquido e os extratos lipofílicos e hidrofílicos foram obtidos baseando-se no método Bligh e Dyer e armazenados a -80 °C. As frações hidrofílicas dos extratos (5 HQ, 6 UQ – tratadas, 6HC e 6 UC – controles) foram liofilizadas e dissolvidas em D2O contendo TSP, usado como referência de deslocamento químico. Foram adquiridos espectros de RMN de ¹H utilizando a sequência de pulsos de Watergate (p3919gp) em um espectrômetro Bruker Avance III 600 MHz com sonda TBI para tubos de 5 mm, a 25 °C. A fase e linha de base foram corrigidas no software MestreNova. A região do sinal referente ao metanol residual, 3.36 ppm, foi excluída da análise, assim como a região da água. Foi feita a Análise de Componentes Principais (PCA) e obtidos os espectros médios de cada grupo. Para o assinalamento dos metabólitos chave foram comparados seus deslocamentos químicos, multiplicidades e constantes de acoplamentos com os valores da literatura e dos bancos de dados HMDB e BMRB. Pelos escores da PCA, Figura 1, foi possível observar agrupamento das amostras em relação à linhagem e ao tratamento. Os metabólitos identificados como responsáveis pela separação dos grupos são lactato, alanina, fosfocolina, taurina, glicina, myo-inositol, glutamato, acetato e creatina. Os pesos dos modelos PCA também indicaram como importantes para a separação entre amostras controles e tratadas bins nas regiões que contêm sinais da acetil coenzima A, presente em menor concentração nas amostras após o tratamento. Concluiu-se que Q induz o acúmulo de lactato intracelular na linhagem celular HL-60, contribuindo para a indução da apoptose. Os níveis dos grupos acetato e N-acetil diminuíram nas células tratadas, consistente com resultados anteriores, pois o tratamento com Q induziu a acetilação de H3 e H4 que pode induzir um aumento no consumo de acetil-CoA.
Cláudio Francisco Tormena
Parabéns pelo trabalho! Resultados muito interessantes!
abs
cláudio
Gustavo H. Rodrigues da Silva
Olá Tássia. Muito interessante seu trabalho. Você disse na apresentação que existe uma relação entre a variação de lactato e apoptose. Queria saber qual a relação.
Obrigado.
Tássia Brena Barroso Carneiro da Costa
Olá Gustavo,
Que bom que você gostou do trabalho. Obrigada pelo interesse.
Quanto ao lactato, seu acúmulo pode estar associado à desregulação da glicólise nas células, comprometendo a obtenção de energia. Além disso, pode estar causando a acidificação do citoplasma, o que levaria à apoptose. Estamos investigando, pois um dos mecanismos pelo qual a Quercetina induziria apoptose poderia ser pelo bloqueio dos transportadores de lactado.
Você tem alguma suspeita ou sugestão?
Gustavo H. Rodrigues da Silva
Entendi, seu fármaco bloqueia a saída de lactato.
Nós também suspeitamos de apoptose em meus dados, mas eu também obtive aumento da concentração de aminoácidos. Mas, não encontro muita literatura sobre.
Obrigado pela resposta.
Tássia Brena Barroso Carneiro da Costa
Essa é uma suspeita que surgiu a partir dos nossos resultados, sobre o bloqueio dos transportadores de lactato, continuamos investigando.
Sobre a glicólise e acidificação, podemos conversar sobre isso e trocar referências por email, o que acha?
Caso tenha interesse, meu endereço de email é [email protected].
Obrigada pelo interesse.
Gustavo H. Rodrigues da Silva
Ok. Vou te escrever. Obrigado.
Renan Vidal Viesser
Olá, Tássia! Parabéns pelo excelente trabalho! Tenho apenas uma pergunta de curioso que não é da área de metabolômica. Vocês pensam em utilizar o consumo dos grupos acetato e N-acetil como um indicador de qualidade do tratamento (não sei se isso já é utilizado)? Como os seus resultados podem ser utilizados a partir de agora, por exemplo, na área médica?
Novamente parabéns pelo trabalho!
abraço
Tássia Brena Barroso Carneiro da Costa
Olá, Renan!
Muito obrigada :)
O objetivo do trabalho é compreender os mecanismos de ação da quercetina nas células de leucemia. Com as diferenças de metabólitos identificadas conseguimos confirmar resultados obtidos anteriormente, como a indução da acetilação das histonas H3 e H4 pelo consumo de acetil-CoA e os grupos que você citou, e levantar a suspeita do envolvimento do lactato na ação da quercetina nas células da linhagem HL-60. Continuamos investigando e trabalhando para confirmar os novos resultados e avançar na compreensão do mecanismo de ação da quercetina.
Porém, sua sugestão é muito interessante, vamos discutir sobre essa possibilidade. Obrigada
Renan Vidal Viesser
Obrigado pela resposta, Tássia! =)
Tássia Brena Barroso Carneiro da Costa
Obrigada pelo interesse e pela ideia. =D
Bruna Rogério De Abreu
Olá Tassia, parabéns pelo trabalho!
A nível de curiosidade para quem não é da área.. A escolha do tempo de cultivo das células em 48h é procedimento padrão?
Obrigada!
Tássia Brena Barroso Carneiro da Costa
Olá, Bruna!
Muito obrigada. =D
Essa parte do trabalho é realizada pela Dr.ª Marisa Alvarez, do Hemocentro/Unicamp. Para poder observar se o composto tem capacidade de reverter as alterações epigenéticas, é necessário que que as células se dividam. Foram feitos testes e foi observado que em 48 h os efeitos relacionados a apoptose e proliferação celular eram mais efetivos.
O estudo já preliminar à análise metabonômica por RMN está disponível em https://doi.org/10.1186/s13148-018-0563-3.
Espero que tenha sanado sua curiosidade e fique à vontade para fazer mais perguntas. ^^
Obrigada pelo interesse, Bruna
Fernando Hallwass
Oi Tássia! Fiquei feliz em ver seu trabalho aqui na jornada! Parabéns!!
Abracos
Fernando
Tássia Brena Barroso Carneiro da Costa
Oi professor,
Muito obrigada!
Fico feliz em vê-lo por aqui também. =D
Abraço
Laiza Bruzadelle Loureiro
Oi Tássia, parabéns pelo trabalho!!! :) Queria saber se a Quercetina já é um medicamento regulamentado para o tratamento desse tipo de câncer e se foi por isso que você não utilizou células saudáveis no estudo.
Tássia Brena Barroso Carneiro da Costa
Oi Laiza, muito obrigada! ^^
Ainda não, o grupo da professora Sara Olalla Saad desenvolveu trabalhos que mostrou o potencial da Quercetina como um agente terapeutico em tumores.
Uma vez que o intuito do trabalho era avaliar o mecanismo de ação da quercetina, foram usadas somente linhagens celulares de leucemia.
Espero ter respondido sua pergunta,
Muito obrigada pelo interesse, fico feliz que tenha gostado. =D
Laiza Bruzadelle Loureiro
Respondeu sim! Obrigada!!! :D
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Tássia Brena Barroso Carneiro da Costa
Muito obrigada, professor!
Ficamos felizes que tenha gostado.