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De acordo com Van Dijk (Rezende, Nogueira & Amaral, 2015), o racismo não é inato, mas antes aprendido, e é pelo discurso controlado pelas elites simbólicas que essa temática é difundida socialmente. Inclusive, é através dos media, cuja acessibilidade tende a ser ‘mais democrática’, que as diversas representações sobre esta questão podem ser re(construída)s e facilmente disseminadas. Face à relevância desse tema no contexto global, este trabalho visa descrever as escolhas plurissemióticas (de natureza multimodal) efetuadas pelos media digitais portugueses (jornalísticos) para representar o racismo na atualidade, salientando a atorialidade dos produtores textuais envolvidos. Para tal, o estudo efetuado terá como base teórica fundamental o Interacionismo Sociodiscursivo (Bronckart, 2003) e trabalhos empíricos realizados por Pinto & Teixeira (2013) e Pinto e Marques (2015) sobre a atorialidade em tipos de agir profissionais. Além destes, serão convocados fundamentos teóricos da Análise Crítica do Discurso (Van Dijk, 2001) e categorias analíticas desenvolvidas pela Gramática do Design Visual (Kress & Van Leeuwen, 2006). Neste estudo, serão analisadas primeiras páginas de jornais portugueses recolhidas em formato digital de 21 de janeiro de 2019 e 7 de fevereiro de 2019 sobre a temática. Tal recorte temporal refere-se ao período que sucede o episódio ocorrido num bairro desfavorecido, o Bairro da Jamaica, no Seixal, em Portugal, no dia 21 de janeiro de 2019, uma vez que neste bairro se deu um confronto entre polícia e moradores e instalou-se a polémica sobre a existência ou não do racismo no contexto português. Estudos preliminares das primeiras páginas dos jornais relevam a importância dos aspetos plurissemióticos (cromáticos, tipográficos, imagéticos) para a demarcação da atorialidade dos veículos mediáticos analisados. Além disso, dados recolhidos demonstram também o posicionamento desses veículos para a construção do agir jornalístico sobre a temática do racismo em Portugal.
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