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EntrarIntrodução: Apesar das políticas atuais de iodação do sal, a deficiência de iodo ainda é um problema de saúde pública global, especialmente em mulheres. Até o momento, evidências conflitantes foram sugeridas para a prevalência da deficiência de iodo no Brasil. Dessa forma, este estudo teve como objetivo estimar a prevalência de deficiência de iodo e fatores associados em mulheres em idade fértil, no Brasil. Material e métodos: Foi realizada uma revisão sistemática, pesquisando-se PubMed, LILACS, WHO, Scopus e banco de dissertações e teses da Capes desde a data de inserção até maio de 2020. As meta-análises foram realizadas utilizando a variância inversa para modelo fixo, com cálculo de proporção resumida por Freeman-Tukey Arco seno duplo. Qualidade de reporte e metodológica foi avaliada usando a ferramenta Joanna Briggs Institute para estudos de prevalência. Resultados: Nossa revisão identificou sete estudos publicados entre 2002 e 2017, incluindo 1.354 participantes, especialmente mulheres grávidas. Todos os estudos apresentaram pelo menos uma limitação de qualidade, principalmente em relação ao método de amostragem (ou seja, conveniência) e ao pequeno tamanho amostral. A prevalência de deficiência de iodo variou de 16% a 62%, enquanto a meta-análise identificou uma prevalência média de 40% (intervalo de confiança de 95%, IC 37%-43%) para mulheres grávidas e 13% (IC 95% 4%-24%) para mulheres não grávidas. A meta-análise cumulativa sugere uma tendência de maior prevalência de deficiência de iodo nos primeiros anos em mulheres grávidas. Conclusão: Embora esta revisão sistemática tenha identificado estudos com baixa qualidade metodológica e de relato, alta prevalência de deficiência de iodo foi identificada, principalmente em gestantes, reforçando a importância das políticas nutricionais nacionais preventivas e corretivas do estado de iodo nessa população. Estudos futuros devem considerar amostragem probabilística aleatória, tamanho de amostra apropriado e análise de subgrupo predefinido para informar adequadamente a prevalência de deficiência de iodo e fatores associados em mulheres em idade reprodutiva, bem como apoiar as políticas de saúde.
Heber De Moraes Penna
Gostaria de saber se em algum estudo foi levantado o questionamento sobre a quantidade de sal ingerida pelas pacientes, uma vez que o sal de cozinha utilizado no Brasil, em geral é iodado.
Mariana Bordinhon
Parabéns pelo trabalho, Sophia!
Gostaria de saber porque vocês não usaram a estratégia PICO. E se vocês não avaliaram algum desfecho ruim associado com a deficiência de IODO nas mulheres dos estudos.
Obrigada
Sophia de Cavicchioli
Bom dia, muito obrigada!
Não usamos pergunta PICO, pois não tínhamos objetivo de avaliar e comparar intervenções (p.ex. intervenções para reduzir deficiências de iodo). Nosso objetivo foi identificar a prevalência das deficiências e, nesses casos, a estrutura de pergunta recomendada deve ser CoCoPop (conceito, contexto, população). Também não foi objetivo do nosso estudo avaliar desfechos negativos associados à deficiência de iodo, mas segundo a literatura, as deficiências em gestantes têm prejuízos no desenvolvimento embrionário.
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Sophia de Cavicchioli
Bom dia, não foi objetivo do estudo avaliar níveis de iodo na ingestão alimentar. Mas vimos que há maior prevalência de deficiência de iodo em uma dieta restritiva provocado por algumas comorbidades, como hipertensão