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Log inIntrodução: Apesar de existirem controvérsias, alguns serviços ainda utilizam a pesquisa de corpo inteiro (PCI) com I-131 previamente a dose ablativa com I-131 em pacientes no pós-operatório tardio (POT) de tireoidectomia devido carcinoma diferenciado da tireoide (CDT). Objetivo: avaliar se em indivíduos no POT devido um CDT a PCI com I-131 pré-dose ablativa com I-131 interfere na eficácia dessa dose terapêutica. Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura na qual foram incluídos estudos prospectivos e retrospectivos, nos quais pacientes em POT devido um dos CDT foram alocados a realizarem a PCI diagnóstica com I-131 antes da dose ablativa com I131(intervenção) ou a receberem a dose ablativa direto ou realizaram a PCI diagnóstica com I-123 (ambos considerados controles). O desfecho principal foi a remissão da doença avaliada pela taxa de sucesso ablativo (baixa captação na PCI e/ou tireoglobulina indetectável em pelo menos 6 meses de seguimento). Foram realizadas estratégias de buscas adaptáveis as bases de dados eletrônicas Embase, Pubmed, CENTRAL Cochrane e Biblioteca Virtual da Saúde. Os resultados individuais de cada estudo foram plotados em uma metanálise, utilizando-se o software Review Manager 5.3. A qualidade da evidencia foi gerada de acordo com o Grading of Recommendations Assessment, Development, and Evaluation (GRADE). Resultados: foram identificadas 3005 referências, dois revisores independentemente leram os títulos e resumos desses artigos, e 23 eram foram selecionados para leitura na íntegra. Desses foram incluídos 12, sendo 4 prospectivos e 8 retrospectivos. Os primeiros envolveram 176 pacientes e os últimos 1241. Nos 4 estudos prospectivos, a taxa de sucesso ablativo em 6 meses foi de 86% no grupo intervenção e 87% no controle, a metanálise não mostrou diferença significativa entre os grupos (RR 1,02; IC 95%: 0.92,1.13, p= 0.66, I2=0%). Dentre os estudos retrospectivos, em 4 não houve diferenças significativas entre os grupos, na taxa de remissão da doença. Em 3 estudos o grupo controle teve uma taxa de sucesso ablativo maior que a intervenção. Não foi plotada a metanálise dos estudos observacionais devido a alta inconsistência nos resultados. Conclusão: com uma qualidade da evidência baixa, nos estudos prospectivos não houve diferença significativa entre os grupos na taxa de sucesso ablativo.O mesmo ocorreu em quatro estudos observacionais; em três o sucesso ablativo foi superior no grupo controle.
Joelcio Francisco Abbade
Diego,
Achei muito interessante o tema da sua pesquisa e parabéns pela disponibilidade para apresentá-lo.
Uma das minhas dúvidas é sobre a mudança da conduta. Por não ser dessa área, qual a alteração na conduta quando se faz a PCI?
Pelo que entendi, a questão da sua pesquisa é se taxa de sucesso da ablação com I131 em pacientes que fizeram PCI seria inferior quando comparado aos pacientes que não fizeram o PCI. Foi identificado algum estudo de não inferioridade? Ou mais de um estudo, com os quais vocês pudessem fazer uma metanálise de não inferioridade?
Abraços
Joelcio F Abbade
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Diego Petrocelli
Bom dia Joelcio, muito obrigado. A PCI pré dose terapêutica ela mostra para nós visualmente, quanto restou de tecido tireoideano na região da cervical pós tireoidectomia e se há algum resto de tecido metastático, portanto, a maior alteração de conduta seria em relação a dose terapêutica (quantidade de material radioativo iodo131). Essa dose de material radioativo é calculada a partir dos exames de sangue do paciente analisando tireo e antitireoglobulina, o lugares que realizam a PCI pré dose pode utilizar da imagem também para recalcular a dose e tornar o tratamento mais eficaz, porém algum lugares mesmo realizando essa PCI ainda não utiliza a imagem para cálculo de dose, a imagem é apensa usada como comparativo para acompanhamento do paciente.
Em relação aos estudos,além da avaliação da taxa de sucesso ablativo como mostrado na apresentação também avaliamos tireoglubulina indetectável e PCI pós dose negativa (ausência de captação anômala), conseguimos fazer uma metanálise para alguns estudos prospectivos e plotamos no gráfico floresta. Teve estudo analisado isoladamente que tendeu a favorecer aqueles que realizaram a PCI mas mesmo assim sem diferença significativa. Além de quando analisado em conjunto esses outros dois parâmetros a fim de aumentar o número da amostra e minimizar o viés, também não obtivemos diferença significativa entre os pacientes que realizaram ou não a PCI pré dose terapêutica.
Abraço, Diego Petrocelli