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EntrarIntrodução: de acordo com a resolução SS-SP Nº 83, de 17 de agosto de 2015, o custo da dispensação de medicamentos não contemplados nos protocolos da assistência farmacêutica do SUS, prescritos por médico da rede estadual de saúde de São Paulo, poderá ser custeado pela instituição ao qual esse profissional esteja vinculado. Objetivo: analisar o impacto orçamentário (IO) do burosumabe no tratamento da hipofostatemia ligada ao cromossomo X (HLX) em pacientes atendidos no Hospital de Clínicas de Botucatu (HCFMB), caso ele não seja incluído na lista de medicamentos padronizados pelo SUS. Metodologia: a casuística considerada foi a população pertencente a diretoria regional de saúde VI (Bauru) (SEADE, região administrativa de Bauru, 2020). A perspectiva foi a do pagador, do HCFMB, que é hospital referência da região para acompanhamento dos pacientes com HLX. O horizonte temporal foi de três anos. Foram computados os custos diretos e indiretos da medicação de acordo com a quantidade anual usada, indivíduos pediátricos (1 a 17 anos) são 26 doses de 0,8mg/Kg, indivíduos adultos são 13 doses de 1mg/kg. A análise considerou três cenários: caso base (prevalência de 0,00045%, absorção de 50% e cobertura de 80%); cenário com baixa prevalência (0,0001%), baixa cobertura (64%) e baixa absorção (40%); cenário de alta prevalência (0,0009%), alta cobertura (96%) e absorção (60%). Resultados: a estimativa de indivíduos beneficiados com o burosumabe seria de 01 paciente pediátrico e 04 adultos. O custo médio anual por paciente considerando o caso base seria de R$ 925.968,92. O custo anual para o HCFMB envolvendo os 05 indivíduos seria de R$ 4.629.844,62. Considerando o cenário de alta prevalência, alta cobertura e alta absorção, o custo anual para o HCFMB seria de R$ 11.111.627,08. Considerando o cenário de baixa prevalência, baixa cobertura e baixa absorção o custo anual para o HC seria de R$ 823.083,49. Considerando a taxa de absorção da tecnologia a partir de 50%, com aumento de 5% a cada ano, teremos para 2022, 2023 e 2024, os respectivos impactos anuais em reais: R$ 5.092.829,08; R$ 5.555.813,54; R$ 6.018.798,01. A prevalência da HLX foi a que mais influenciou na amplitude entre os orçamentos mínimos e máximos. Conclusão: uma vez que o burosumabe não seja incluído na lista de medicamentos padronizados pelo SUS para o manejo da HLX, a prescrição dessa medicação poderá ocasionar um alto impacto no orçamento anual do HCFMB, o que pode comprometer o tratamento dos outros pacientes atendidos nessa instituição.
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