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VIOLÊNCIA FÍSICA CONTRA PROFESSORES: AJUSTE POR MODELOS DE EQUAÇÕES ESTRUTURAIS

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Objetivo: Investigar fatores associados à violência física (VF) contra professores. Método: Trata-se de estudo transversal com 789 professores que atuavam no ensino regular fundamental e médio de Londrina, PR, por pelo menos um ano. Foram obtidas informações por entrevistas e questionários autorrespondidos, entre agosto de 2012 e junho de 2013. Os dados foram analisados por meio do programa R, versão 2.4.1. VF foi definida como relatos de tentativas ou agressões corporais, com uso de armas brancas ou de fogo nos 12 meses anteriores à pesquisa. As variáveis independentes estudadas referem-se às características individuais (sexo, idade e raça/cor autorreferida), do trabalho (tipo de vínculo e número de locais de trabalho) e do ambiente escolar (relacionamento com alunos, ter sofrido ameaça ou ter testemunhado violência física na escola). Para o ajuste por modelos de equações estruturais, consideraram-se as relações entre variáveis latentes exógenas (condições de trabalho e outras formas de violência na escola) e endógena (VF), ajustadas por idade do professor e percepção quanto ao seu relacionamento com alunos. Resultados: A frequência de relatos de vitimização por VF na escola foi de 8,4%. As condições de trabalho apresentaram efeito direto sobre a VF (p=0,032). A idade apresentou somente efeito indireto. Sexo e raça/cor não apresentaram associação com VF. Ter vivenciado outras situações de violência na escola correlacionou-se positivamente com VF (p=0,059). Conclusões: O presente estudo identificou que condições de trabalho e outras formas de violência na escola são fatores que contribuem para a ocorrência de violência física contra o professor.