TRANSTORNO MENTAL EM FAMILIARES DE PESSOAS EM UTIS DE UM HOSPITAL PÚBLICO
Objetivo: Avaliar o transtorno em familiares que possuem um ente hospitalizado em UTI. Métodos: estudo transversal realizado em duas UTIs adulto de um hospital do interior da Bahia . Participaram 283 familiares que possuíam um parente internado na UTI e que atenderam aos critérios de elegibilidade. Foram aplicados após a assinatura do TCLE a ficha de dados sociodemograficos e o Self-Report Questionnaire-20 (SRQ-20) para a avaliação dos transtornos. Os dados foram analisados utilizando-se a estatística descritiva através do software SPSS. Resultados: A análise dos itens do SRQ-20 mostrou que dos familiares entrevistados 61,8% dormem mal; 61,1% não tem má digestão; 57,2% tem falta de apetite; 46,2% se assustam com facilidade; 76,3% se sentem tristes ultimamente; 66,4% tem chorado mais do que de costume; 57,9% não tem dores de cabeça frequentemente; 85,5% não tem tido a ideia de acabar com a vida; 58,6% não tem dificuldade pra tomar decisões; 68,2% não tem perdido o interesse pelas coisas; 56,9% não tem dificuldade de pensar com clareza; 78,4% não se sentem inúteis; 53,3% não tem sensações desagradáveis no estômago, 74,5% se sentem nervosos, tensos ou preocupados; 77,7% não são incapazes de desempenhar um papel útil; 71% não tem dificuldade no serviço e 51,9% não encontram dificuldade de realizar suas tarefas diárias. Conclusões: Indivíduos com propensão ao Transtorno Mental Comum apresentam em graus variáveis as síndromes ansiosas e depressivas, o que requer a sistematização do acompanhamento desses familiares e o estabelecimento de cuidados específicos de saúde mental para este grupo.