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TENDÊNCIA DE DESIGUALDADES EM RELAÇÃO À DOR DENTÁRIA EM ADOLESCENTES BRASILEIROS

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Objetivo: Descrever a tendência da dor dentária em adolescentes brasileiros e avaliar as mudanças nas desigualdades. Métodos: Este estudo transversal utilizou dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) coletados nos anos de 2009, 2012 e 2015 nas capitais brasileiras. Para avaliar dor dentária utilizou-se a seguinte questão: “Nos últimos seis meses, você teve dor de dente?”. Sexo, idade, cor da pele autorreportada, escolaridade materna, tipo de escola e região foram as variáveis independentes utilizadas. Para avaliar as desigualdades absolutas foi utilizado o slope índex. Todas as análises foram conduzidas no pacote estatístico Stata 12.1 utilizando o comando svy. Resultados: A prevalência de dor dentária foi 19,7%, 23,3% e 25,8%, respectivamente nos momentos avaliados. Maiores prevalências foram encontradas em adolescentes do sexo feminino, de cor da pele não branca, de escolas públicas e da região Norte. O slope índex mostrou que adolescentes cujas mães eram menos escolarizadas apresentaram prevalência de dor dentária 14 (Coef -14,4; IC95% -17,4- -11,4), 12 (Coef -11,8; IC95% -15,3- -8,3) e 17 (Coef -17,4; IC95% -20,7- -14,2) pontos percentuais maiores que os adolescentes cujas mães eram mais escolarizadas em 2009, 2012 e 2015, respectivamente. Conclusões: Observou-se que a prevalência de dor dentária em adolescentes brasileiros aumentou ao longo do tempo e que as desigualdades absolutas em relação à dor dentária permaneceram estáveis, considerando os momentos avaliados.