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Objetivos: Estimar a subnotificação de casos de HIV/aids mediante ao relacionamento de registros em diferentes sistemas de informação em saúde, possibilitando melhor visualização das tendências da epidemia no país. Métodos: Trata-se de um estudo observacional e transversal. Utilizou-se a técnica de relacionamento probabilístico de análise de casos aids registrados no SINAN, nos sistemas de laboratório e no de mortalidade, no período de 2012 a junho de 2015. O sistema de dispensação de antirretrovirais foi utilizado para validação das informações do sistema de laboratório, quando do relacionamento deste com o de mortalidade. A base de dados resultante do relacionamento foi, posteriormente, relacionada com o SINAN para compor o banco relacionado. Para relacionar os bancos de dados, utilizou-se o aplicativo Reclink e as análises realizadas no SPSS® versão 18. Resultados: No período em estudo, identificou-se uma subnotificação de 30,7%, correspondendo a identificação de apenas 553.140 (69,3%) dos casos no SINAN; 58.759 (7,4%) casos no sistema de mortalidade e 185.866 (23,3%) no de laboratório e ARV. Observam-se importantes diferenças nas proporções de subnotificação segundo às regiões do país, com uma amplitude de variando de 37,3% na região Norte a 25,1% no Sul do País. Conclusões: A subnotificação de casos de aids impacta no monitoramento e avaliação das tendências da epidemia, podendo refletir na programação orçamentária pública e comprometendo a racionalização do sistema público de saúde para o fornecimento contínuo de medicamentos. Portanto, é mister aumentar o investimento no fortalecimento da vigilância epidemiológica para melhorar a oportunidade de notificação dos casos de aids.